PT
BR
Pesquisar
Definições



Pesquisa nas Definições por:

logo

antequanto | adv.

Logo, em um momento, quanto antes....


ergo | conj.

Logo....


De modo imediato; sem demora (ex.: divulguem imediatamente a notícia quando ela sair)....


marcescente | adj. 2 g.

Que murcha ou seca sem cair logo (ex.: folhas marcescentes)....


portanto | conj.

Logo; por consequência; por isso; em vista disso....


| contr.

Contracção do advérbio não com é, forma do verbo ser na terceira pessoa do presente do indicativo; por vezes usado expletivamente (ex.: logo à noite vamos ao cinema, né?)....


Com muita rapidez ou prontidão (ex.: os soldados obedeceram prontamente às novas ordens)....


Silogismo sobre o qual Descartes fundou toda a sua doutrina filosófica....


in limine | loc.

No princípio; desde logo (ex.: autor do livro faz uma declaração in limine)....


Frase com que na França, após a morte do rei, se proclamava o novo monarca «rei morto, rei posto»; usa-se, por extensão, para aludir à ingratidão dos homens, que, logo após a queda de um senhor, de um chefe, o esquecem e procuram outro....


Fórmula com que se designava, na escolástica, o erro que consiste em tomar por causa o que é apenas um antecedente no tempo....


a limine | loc.

No princípio; desde logo (ex.: contamos, a limine, com o estado de direito)....


logo- | elem. de comp.

Exprime a noção de palavra (ex.: logofobia)....


caminho | n. m.

Nome genérico de todas as faixas de terreno que conduzem de um a outro lugar....



Dúvidas linguísticas



Qual é o feminino de maestro?
O feminino de maestro é maestrina.



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.


Ver todas