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roceira

cafumango | n. m.

Indivíduo que não trabalha, que vive na ociosidade....


catimbó | n. m.

Culto ou ritual de feitiçaria....


saquarema | n. m.

Designação antiga de sectário do partido conservador, na época do Império, no Brasil....


roceiro | n. m. | adj. | adj. n. m.

Indivíduo que roça, que corta mato....


pioca | n. f. | n. 2 g.

Cova ou cavidade (ex.: a cascata tem várias piocas onde podemos tomar banho)....


caapora | n. 2 g.

Pessoa que vive no mato ou em zona rural....


caipira | adj. 2 g. n. 2 g. | adj. 2 g. | n. 2 g.

Que ou quem mora no campo, na roça....


matuto | adj. | adj. n. m.

Que é relativo ao mato....


papa-terra | n. f.

Planta arbórea (Posoqueria latifolia) de pequeno porte, da família das rubiáceas, de folhas coriáceas verde-escuras, flores brancas e bagas amarelas, nativa da América do Sul....


ronceiro | adj.

Que age ou se mexe devagar (ex.: seguia num passo ronceiro)....


botocudo | n. m. | adj. | adj. n. m.

Designação dada pelos colonizadores portugueses a cada um dos membros de vários grupos indígenas brasileiros por usarem botoques como adorno....


caburé | n. m.

Designação dada a várias espécies de corujas do género Glaucidium....



Dúvidas linguísticas



Sobre a conjugação do verbo ‘trazer’, no futuro do indicativo, tenho a seguinte dúvida:
(1) Trar-se-ão a Portugal.
ou
(2) Trazer-se-ão a Portugal.
Será que a primeira hipótese está correcta? Não consigo encontrar qualquer tipo de referência, no entanto surge-me intuitivamente.
O verbo trazer é irregular, nomeadamente, para o caso que nos interessa, nas formas do futuro do indicativo: trará, trarás, traremos, trareis, trarão (se se tratasse de um verbo regular, as formas seriam *trazerei, ..., *trazerão [o asterisco indica forma incorrecta]).

Quando é necessário utilizar um pronome pessoal átono (ex.: me, o, se) nas formas do futuro do indicativo (ex.: telefonará) ou do condicional (ex.: encontraria), este pronome é inserido entre o radical e a desinência do verbo (ex.: telefonará + me = telefonar-me-á; encontraria + o = encontrá-lo-ia).

Como se trata da flexão irregular trarão, a forma correcta com o pronome deverá ser trar-se-ão e não *trazer-se-ão, que é uma forma incorrecta.




Escreve-se ei-la ou hei-la?
A forma correcta é ei-la.

A palavra eis é tradicionalmente classificada como um advérbio e parece ser o único caso, em português, de uma forma não verbal que se liga por hífen aos clíticos. Como termina em -s, quando se lhe segue o clítico o ou as flexões a, os e as, este apresenta a forma -lo, -la, -los, -las, com consequente supressão de -s (ei-lo, ei-la, ei-los, ei-las).

A forma hei-la poderia corresponder à flexão da segunda pessoa do plural do verbo haver no presente do indicativo (ex.: vós heis uma propriedade > vós hei-la), mas esta forma, a par da forma hemos, já é desusada no português contemporâneo, sendo usadas, respectivamente, as formas haveis e havemos. Vestígios destas formas estão presentes na formação do futuro do indicativo (ex.: nós ofereceremos, vós oferecereis, nós oferecê-la-emos, vós oferecê-la-eis; sobre este assunto, poderá consultar a resposta mesóclise).

Pelo que acima foi dito, e apesar de a forma heis poder estar na origem da forma eis (o que pode explicar o facto de o clítico se ligar por hífen a uma forma não verbal e de ter um comportamento que se aproxima do de uma forma verbal), a grafia hei-la não pode ser considerada regular no português contemporâneo, pelo que o seu uso é desaconselhado.


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