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alienamento

inalienável | adj. 2 g.

Que não pode ser alienado ou transmitido a outrem....


alheio | adj. | n. m. | n. m. pl.

Que é de outro....


alienação | n. f.

Acto ou efeito de alienar ou de se alienar....


alienista | adj. 2 g. | n. 2 g.

Relativo a alienismo ou ao tratamento de alienados....


laudémio | n. m.

Pensão paga pelo enfiteuta ao senhorio directo quando aliena o prédio....


Acto ou efeito de desalienar ou de se desalienar....


alienamento | n. m.

Acto ou efeito de alienar ou de se alienar....


logo | adv. | conj. | n. m.

Dentro de pouco tempo; sem demora....


nostomania | n. f.

Espécie de alienação mental produzida pela nostalgia ou pelo afastamento da pátria ou da terra natal....



Dúvidas linguísticas



Qual é o feminino de maestro?
O feminino de maestro é maestrina.



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.


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