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virote

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virotevirote
( vi·ro·te

vi·ro·te

)


nome masculino

1. [Armamento] [Armamento] Seta curta (ex.: o soldado foi ferido por um virote).

2. [Armamento] [Armamento] Travessa de ferro, nos copos das antigas espadas.

3. [Náutica] [Náutica] Cada uma das peças que, de alto a baixo, formam o remate do navio.

4. [Informal] [Informal] Grande actividade ou agitação (ex.: foi um virote a noite toda). = AFÃ, AZÁFAMA, LUFA-LUFA

5. [Figurado] [Figurado] Pessoa remexida ou um tanto leviana.

6. [Regionalismo] [Regionalismo] Pessoa de elevada estatura.


adjectivoadjetivo

7. [Agricultura] [Agricultura] Diz-se do figo que, tomado pela geada, não chegou a secar.

10. [Brasil] [Brasil] [Zoologia] [Zoologia] Mamífero ruminante (Mazama gouazoubira) da família dos cervídeos, de pequeno porte, pelagem variável entre o avermelhado e o cinzento no dorso e mais clara no ventre, chifres simples, orelhas grandes arredondadas com pêlos brancos no interior, encontrado em zonas florestais de vegetação aberta na América do Sul. = VEADO-CATINGUEIRO

virotes


nome masculino plural

11. [Náutica] [Náutica] As últimas aposturas da ré.


andar num virote

[Informal] [Informal] Estar muito ocupado e com muita pressa. = NÃO TER MÃOS A MEDIR

olhar pelo virote

[Antigo] [Antigo] Tomar cuidado. = ACAUTELAR-SE, PRECAVER-SE

pôr tudo num virote

[Informal] [Informal] Imprimir velocidade ou dinamismo a alguma coisa.

etimologiaOrigem etimológica:vira + -ote.

Anagramas

Esta palavra no dicionário



Dúvidas linguísticas



A palavra pròpriamente continua a ser acentuada com acento grave? E visìvelmente?
Em 1973 foram eliminados da ortografia oficial portuguesa os acentos graves e circunflexos nas palavras derivadas com o sufixo -mente (ex.: praticamente, serodiamente, visivelmente) ou com os sufixos iniciados por z (ex.: pezinho, sozinho). Seguindo a hiperligação para o Acordo Ortográfico em vigor para a língua portuguesa de norma europeia, poderá consultar o Decreto-Lei n.º 32/73 na parte final do documento, após o texto do acordo de 1945.



A minha dúvida é a respeito da etimologia de determinadas palavras cuja raiz é de origem latina, por ex. bondade, sensibilidade, depressão, etc. No Dicionário Priberam elas aparecem com a terminação nominativa mas noutros dicionários parece-me que estão na terminação ablativa e não nominativa. Gostaria que me esclarecessem.
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa regista, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas que são normalmente enunciadas na forma do nominativo, seguida do genitivo: bonitas, bonitatis (ou bonitas, -atis); sensibilitas, sensibilitatis (ou sensibilitas, -atis) e depressio, depressionis (ou depressio, -onis).

Noutros dicionários gerais de língua portuguesa, é muito usual o registo da etimologia latina através da forma do acusativo sem a desinência -m (não se trata, como à primeira vista pode parecer, do ablativo). Isto acontece por ser o acusativo o caso lexicogénico, isto é, o caso latino que deu origem à maioria das palavras do português, e por, na evolução do latim para o português, o -m da desinência acusativa ter invariavelmente desaparecido. Assim, alguns dicionários registam, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas bonitate, sensibilitate e depressione, que foram extrapoladas, respectivamente, dos acusativos bonitatem, sensibilitatem e depressionem.

Esta opção de apresentar o acusativo apocopado pode causar alguma perplexidade nos consulentes dos dicionários, que depois não encontram estas formas em dicionários de latim. Alguns dicionários optam por assinalar a queda do -m, colocando um hífen no final do étimo latino (ex.: bonitate-, sensibilitate-, depressione-). Outros, mais raros, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa optaram por enunciar os étimos latinos (ex.: bonitas, -atis; sensibilitas, -atis, depressio, -onis), não os apresentando como a maioria dos dicionários; o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa não enuncia o étimo latino dos verbos, referenciando apenas a forma do infinitivo (ex.: fazer < facere; sentir < sentire).