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moçárabe

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moçárabemoçárabe
( mo·çá·ra·be

mo·çá·ra·be

)


adjectivo de dois géneros e nome de dois génerosadjetivo de dois géneros e nome de dois géneros

1. Que ou quem, sendo cristão, viveu na Península Ibérica durante a ocupação muçulmana e manteve a sua língua e crenças, incluindo a religião cristã, sendo influenciado pela cultura muçulmana e pela língua árabe (ex.: bispo moçárabe; na dinastia omíada coexistiram sefarditas, moçárabes e muçulmanos).

2. Que ou quem é descendente dos cristãos que viviam na parte da Península Ibérica ocupada pelos muçulmanos.


nome masculino

3. [Linguística] [Lingüística] [Linguística] Conjunto de dialectos românicos falados pelos cristãos que viveram na Península Ibérica muçulmana ou pelos seus descendentes.


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

4. Relativo aos cristãos ibéricos que viveram na Península Ibérica muçulmana ou aos seus descendentes (ex.: arquitectura moçárabe; arte moçárabe). = MOÇARÁBICO

5. [Linguística] [Lingüística] [Linguística] Relativo ao moçárabe enquanto sistema linguístico (ex.: literatura moçárabe; palavras moçárabes).

sinonimo ou antonimoSinónimoSinônimo geral: MOSTÁRABE, MOZÁRABE

etimologiaOrigem etimológica:árabe musta'rab, arabizado.


Dúvidas linguísticas



Quanto a comparações de inigualdade, ou seja, de superioridade ou de inferioridade, existirá uma regra absoluta para decifrar se se usa que ou do que ou ambas estarão correctas em qualquer expressão dessa estrutura? Para um falante em que o Português não é a primeira língua, seria bastante útil. Incluo as seguintes expressões para vossa análise: 1) O castelo é mais antigo que a igreja. 2) Hoje as laranjas estão menos baratas que as maçãs. 3) Nós compramos mais livros que vendemos. 4) O Paulo é mais grande do que gordo. 5a) O João tem mais de um carro. b) O João tem mais dum carro. c) O João tem mais do que um carro. d) O João tem mais que um carro.
As frases de 1) a 5) apresentam diferentes construções de comparativos relativos de superioridade e de inferioridade.

Em português, é possível formar os graus comparativos de superioridade e de inferioridade dos adjectivos usando os advérbios mais e menos seguidos da locução do que (ex.: o castelo é mais antigo do que a igreja; a igreja é menos antiga do que o castelo), podendo haver omissão da contracção da preposição de com o pronome demonstrativo invariável o (ex.: o castelo é mais antigo que a igreja; a igreja é menos antiga que o castelo). Esta construção aplica-se às frases apontadas em 1), 2) e 4).

Na frase 3) está presente um comparativo de superioridade relativo a um substantivo (ex.: nós compramos mais livros [do] que vendemos), sendo nesse caso a palavra mais um determinante indefinido.

A frase de 4) é um exemplo de uso correcto da construção mais grande, que, como afirmam Celso Cunha e Lindley Cintra na Nova Gramática do Português Contemporâneo (Lisboa, Edições João Sá da Costa, 14.ª ed., 1998, p. 262), só se considera correcta quando é usada para confrontar duas qualidades do mesmo elemento.

Relativamente às frases em 5), trata-se de uma comparação (de superioridade) de quantidade relativamente a um numeral (um). Neste tipo de comparação é possível uma construção análoga àquela usada para exprimir o grau comparativo do adjectivo, isto é, a estrutura mais (do) que seguida do numeral e de um substantivo, como nas frases 5c) e 5d). Alternativamente, é possível ainda utilizar as construções presentes em 5a) e 5b), que correspondem à locução comparativa mais de seguida de numeral e que diferem apenas na contracção (de + um = dum).

Para além destas quatro construções comparativas, é ainda possível estabelecer comparativos antes de verbos (ex.: consegue ver mais ao longe [do] que ao perto), de advérbios (ex.: põe esse quadro mais acima [do] que este) ou de preposições (ex.: o gato passa mais por aqui [do] que por ali).




Tenho verificado a existência, ao longo do país , de repetição de topónimos; por exemplo: Trofa, Gondar, Bustelo. Qual é a etimologia dessas palavras?
Segundo o Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa (3.ª ed., Lisboa: Livros Horizonte, 3 vol., 2003), de José Pedro Machado, o topónimo Bustelo, muito frequente em Portugal e na Galiza, talvez seja diminutivo de busto ‘campo de pastagem’. Quanto a Gondar, o autor aventa a hipótese de provir de uma hipotética forma gótica (ou goda) Gunthi-harjis ‘exército para combate’. Por fim, o topónimo Trofa é de origem obscura.