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fumaça

A forma fumaçapode ser [segunda pessoa singular do imperativo de fumaçarfumaçar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de fumaçarfumaçar], [adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros], [nome feminino plural] ou [nome feminino].

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fumaçafumaça
( fu·ma·ça

fu·ma·ça

)


nome feminino

1. Fumo espesso.

2. Quantidade de fumo do tabaco que se aspira de uma vez.

3. Vapor de licor alcoólico que sobe à cabeça.


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

4. [Brasil] [Brasil] Diz-se do boi cujo pêlo é vermelho, tirante a preto.

fumaças


nome feminino plural

5. [Figurado] [Figurado] Pretensão vaidosa. = VAIDADE


e lá vai fumaça

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Usa-se para indicar quantidade ou número indeterminado que excede um número redondo (ex.: ela está com quarenta anos e lá vai fumaça; isso foi em mil oitocentos e lá vai fumaça). = E CACETADA, E LÁ VAI PEDRA

fazer subir fumaça

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Ter casa própria, ser chefe de família.

na fumaça da pólvora

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] No momento; sem demora. = IMEDIATAMENTE, NA BUCHA

soltar fumaça

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Ficar furioso, com raiva; soltar fumaça pelas ventas. = FUMAÇAR

soltar fumaça pelas ventas

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] O mesmo que soltar fumaça.

tirar fumaça

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Aspirar e expirar o fumo do tabaco. = FUMAR

virar fumaça

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Desaparecer, sumir.

etimologiaOrigem etimológica:fumo + -aça.
fumaçarfumaçar
( fu·ma·çar

fu·ma·çar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo intransitivo

1. Lançar ou deitar fumaça.

2. Levantar pó.

3. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Estar furioso ou zangado. = SOLTAR FUMAÇA


verbo transitivo

4. Escurecer com fumaça.

5. Encobrir a visão; tornar incapaz de ver.

etimologiaOrigem etimológica:fumaça + -ar.

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Dúvidas linguísticas



Sobre a conjugação do verbo ‘trazer’, no futuro do indicativo, tenho a seguinte dúvida:
(1) Trar-se-ão a Portugal.
ou
(2) Trazer-se-ão a Portugal.
Será que a primeira hipótese está correcta? Não consigo encontrar qualquer tipo de referência, no entanto surge-me intuitivamente.
O verbo trazer é irregular, nomeadamente, para o caso que nos interessa, nas formas do futuro do indicativo: trará, trarás, traremos, trareis, trarão (se se tratasse de um verbo regular, as formas seriam *trazerei, ..., *trazerão [o asterisco indica forma incorrecta]).

Quando é necessário utilizar um pronome pessoal átono (ex.: me, o, se) nas formas do futuro do indicativo (ex.: telefonará) ou do condicional (ex.: encontraria), este pronome é inserido entre o radical e a desinência do verbo (ex.: telefonará + me = telefonar-me-á; encontraria + o = encontrá-lo-ia).

Como se trata da flexão irregular trarão, a forma correcta com o pronome deverá ser trar-se-ão e não *trazer-se-ão, que é uma forma incorrecta.




Meias medidas, meias palavras, meias tintas são palavras que vejo grafadas com hífen e sem ele. Qual a forma correcta?
Esta é uma questão problemática, cuja resposta não pode ser peremptória, dado o carácter artificial e convencionado de muitos aspectos da ortografia, nomeadamente o uso do hífen.

Como pode verificar seguindo as hiperligações para o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, as formas meia-tinta (plural: meias-tintas) e meias-palavras são grafadas com hífen neste dicionário. Se analisarmos cada uma das formas questionadas, podemos verificar que não há consenso entre os dicionários no seu registo, mas há uma tendência para a dicionarização destas formas como palavras hifenizadas.

A forma meias-medidas surge registada hifenizada tanto no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Editorial Verbo, 2001) como no Grande Dicionário Língua Portuguesa (Porto: Porto Editora, 2004), mas surge também como elemento de uma expressão verbal no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia ou no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002), nas locuções não estar para meias medidas = “mostrar determinação e firmeza” e não ser de meias medidas = “tomar decisões”.

A forma meias-palavras surge registada hifenizada no Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo GONÇALVES (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, no Grande Dicionário Língua Portuguesa. Nos restantes dicionários consultados, não foi encontrado registo nem como palavra hifenizada, nem como locução.

Pela consulta de diversos dicionários, verificamos que parece haver uma relativa unanimidade no registo de meia-tinta (plural: meias-tintas) como palavra hifenizada, sendo que o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa parece ser o único a registar entradas separadas para meia-tinta (“graduação de cores” ou “disfarce”) e para meias-tintas (“pessoa cuja opinião é pouco definida”).

Esta falta de consenso nas obras lexicográficas é consequência da dificuldade de uso coerente do hífen em português (que o texto pouco esclarecedor da base XXVIII do Acordo Ortográfico de 1945 ou da base XV do Acordo Ortográfico de 1990 não resolve) e do uso deste sinal por tradição lexicográfica. Quando há necessidade de registar nos dicionários, estes tomam por vezes opções diferentes (às vezes dentro do próprio dicionário), mas, pelas razões apontadas, nenhuma delas pode ser considerada incorrecta. Deve referir-se que, num mesmo texto, se deverá usar a opção tomada com coerência, isto é, uma vez escolhida a opção de hifenizar ou não uma destas formas, sempre que a palavra for usada deverá ser escrita da mesma forma.