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empa

A forma empapode ser [segunda pessoa singular do imperativo de emparempar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de emparempar] ou [nome feminino].

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empaempa
( em·pa

em·pa

)


nome feminino

1. Acto de empar; operação de colocar estaca para sustentar uma planta.

2. Cana ou madeira que sustenta uma planta, geralmente uma videira. = MOURÃO, RODRIGA, TUTOR


empa de palmatória

[Agricultura] [Agricultura]  Aquela em que o mourão se enterra direito junto à cepa.

empa de tendal

[Agricultura] [Agricultura]  Aquela cuja vara inclina obliquamente para o chão enlaçada a uma ou duas estacas oblíquas.

etimologiaOrigem etimológica:derivação regressiva de empar.
emparempar
( em·par

em·par

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

Sustentar com estacas ou empas (ex.: empar a vinha).

etimologiaOrigem etimológica:origem duvidosa.

Auxiliares de tradução

Traduzir "empa" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Enfim, hão-de haver outros candidatos. Está correcta?
A frase que refere está incorrecta, pois o verbo haver, no sentido de "existir", é impessoal, pelo que a frase correcta deverá ser Enfim, há-de haver outros candidatos.



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.