PT
BR
Pesquisar
Definições



curares

A forma curarespode ser [masculino plural de curarecurare], [segunda pessoa singular do futuro do conjuntivo de curarcurar] ou [segunda pessoa singular infinitivo flexionado de curarcurar].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
curarcurar
( cu·rar

cu·rar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e pronominal

1. Restabelecer ou recuperar a saúde; pôr fim a uma doença.

2. Sarar, tratar.

3. Corrigir(-se) ou libertar(-se) de vício ou defeito.

4. Ter atenção ou cuidados com (ex.: preocupou-se em curar a sua análise). = CUIDAR, OCUPAR-SE, TRATARDESCUIDAR, DESCURAR


verbo transitivo

5. Conservar ou preparar para consumo por acção do sal (ex.: curar o bacalhau). = SALGAR

6. Conservar ou preparar para consumo por acção do ar ou do fumo (ex.: curar o queijo; curar o presunto).

7. Branquear ao sol. = CORAR

8. Tratar matérias-primas através de processo químico ou térmico (ex.: curar as peles). = CURTIR

9. [Agricultura] [Agricultura] Tratar, geralmente com pesticida, para evitar a deterioração ou destruição (ex.: curar a vinha).


verbo transitivo e intransitivo

10. Praticar medicina.

11. [Brasil] [Brasil] Praticar curandeirismo.


verbo intransitivo

12. Exercer funções de cura (de almas).

etimologiaOrigem etimológica:latim curo, -are, cuidar, tratar.
Confrontar: corar.
curarecurare
( cu·ra·re

cu·ra·re

)


nome masculino

Veneno vegetal usado por indígenas da Amazónia para untar as pontas das setas.

Auxiliares de tradução

Traduzir "curares" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Qual é o feminino de maestro?
O feminino de maestro é maestrina.



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.