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contingentemente

A forma contingentementepode ser [derivação de contingentecontingente] ou [advérbio].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
contingentementecontingentemente
( con·tin·gen·te·men·te

con·tin·gen·te·men·te

)


advérbio

De modo contingente.

etimologiaOrigem etimológica:contingente + -mente.
contingentecontingente
( con·tin·gen·te

con·tin·gen·te

)


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

1. Que pode ou não existir ou acontecer. = EVENTUAL, INCERTO

2. Que acontece por acaso ou por acidente. = ACIDENTAL, CASUAL, FORTUITO

3. Que, entre vários, compete a cada um.

4. Que foi pensado para substituir outro na ocorrência de eventualidades (ex.: planos contingentes).


nome masculino

5. A parte que cabe a cada um numa distribuição. = QUINHÃO, QUOTA-PARTE

6. Determinação quantitativa.

7. Destacamento de militares para o desempenho de uma missão ou para a realização de determinada tarefa.

8. Grupo de militares que se destacam para um serviço.

9. Quantidade máxima de pessoas ou de objectos.

etimologiaOrigem etimológica:latim contingens, -entis, particípio presente de contingo, -ere, tocar, atingir, chegar a, ser vizinho de, encontrar, achar, acontecer.


Dúvidas linguísticas



A expressão "até ao arrebatamento" está correta?
Antes de mais, convém clarificar, ainda que resumidamente, o uso de até.

Como preposição, a palavra até é usada para indicar um limite temporal (ex.: Eu vou embora, até amanhã; Esperem pela resposta até meados de Janeiro; Dormi até tu chegares), um limite espacial (ex.: Viajou de comboio até Paris) ou um limite quantitativo (ex.: O desconto é válido em todos os enlatados até 800 g).

Segundo a Nova Gramática do Português Contemporâneo de Celso Cunha e Lindley Cintra (14.ª ed., Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1998, p. 561), em Portugal usa-se geralmente a preposição até acompanhada da contracção da preposição a com o artigo definido o/a(s) (ex: Fui até ao parque; Fomos até à igreja) enquanto no Brasil se usa maioritariamente a preposição até sem a contracção (ex.: Fui até o parque; Fomos até a igreja). Em termos de correcção, como refere o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002), é indiferente no Brasil associar a preposição até a outra preposição ou não. Por outras palavras, é tão correcto escrever fomos até à igreja como fomos até a igreja, sendo a última a forma mais usual no Brasil.

Como advérbio, a palavra até é usada para indicar inclusão ou ênfase, sendo sinónima de inclusivamente, também ou mesmo (ex.: Todos ajudaram na arrumação da cozinha, até o avô; O empresário fez várias alterações e admite até a contratação de mais funcionários). Dependendo da regência do verbo em causa, o advérbio até pode surgir associado a uma contracção (ex.: Eles foram a todo o lado: à Europa, à Ásia, até à Austrália!).

Considerando os usos acima descritos, a expressão até ao arrebatamento está correcta, tanto em Portugal como no Brasil, se a palavra até for usada como preposição (ex.: Foi uma festa intensa até ao arrebatamento final). Se, no entanto, a palavra até for usada como advérbio, a expressão até ao arrebatamento está incorrecta, como indica o asterisco (ex.: *Todas as emoções foram banidas, até ao arrebatamento religioso).




Numa frase em que se queira dizer para não continuar ou não voltar a ser escravo/servo de algo ou alguém, está correto "não sirvamos mais o.." ou "não sirvamos mais ao..."? Que opção está correta e porquê?
De acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa ou com o Novo Dicionário Aurélio, o verbo servir, nas acepções “trabalhar como servo”, “fazer de criado” ou “prestar serviços ou trabalhar como empregado”, pode ser transitivo indirecto, isto é, selecciona argumentos iniciados por preposição (ex.: deixou de servir àquela família), transitivo directo, isto é, selecciona objectos directos não iniciados por preposição (ex.: serviu a família durante 20 anos) e intransitivo, isto é, admite construções sem complemento nominal (ex.: ele estava ali para servir). Assim sendo, ambas as construções que refere podem ser consideradas correctas.