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lavourado

lavradeiro | adj.

Diz-se dos animais destinados à lavoura....


abegão | n. m.

Caseiro que tem a seu cargo a lavoura e a abegoaria de uma propriedade agrícola....


amanho | n. m. | n. m. pl.

Acto ou efeito de amanhar....


faceira | n. f. | n. f. pl. | n. m. | n. 2 g.

Carne da parte lateral do focinho da rês....


mocambo | n. m.

Local onde os escravos negros se abrigavam, quando fugiam para o mato....


lavoira | n. f.

O mesmo que lavoura....


ambrina | n. f.

Planta herbácea da família das quenopodiáceas, com folhas mais ou menos triangulares, vulgar nas lavouras e nos baldios....


adeveres | n. m. pl.

Atenção, horas, deferências....


achamboaria | n. f.

Conjunto de instrumentos de madeira empregados na lavoura....


cultura | n. f.

Acto, modo ou efeito de cultivar....


esquipação | n. f.

Provisão de mantimentos e aprestos para um navio poder fazer-se ao mar....


jacobina | n. f.

Terreno impróprio para lavoura e coberto de mato espinhoso e baixo....


mosteia | n. f.

Carro minhoto para condução de cereais e serviço de lavoura....


manteeiro | n. m.

Criado do paço que tinha a seu cargo a guarda dos mantéis....


apeiria | n. f.

Conjunto de utensílios de lavoura, apeiragem....


apeiro | n. m.

Correia que prende a canga ao cabeçalho do carro, arado ou charrua....


alfaia | n. f.

Utensílio de adorno, tanto de casas como de pessoas....



Dúvidas linguísticas



A palavra pròpriamente continua a ser acentuada com acento grave? E visìvelmente?
Em 1973 foram eliminados da ortografia oficial portuguesa os acentos graves e circunflexos nas palavras derivadas com o sufixo -mente (ex.: praticamente, serodiamente, visivelmente) ou com os sufixos iniciados por z (ex.: pezinho, sozinho). Seguindo a hiperligação para o Acordo Ortográfico em vigor para a língua portuguesa de norma europeia, poderá consultar o Decreto-Lei n.º 32/73 na parte final do documento, após o texto do acordo de 1945.



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.


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