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hipótese

a | art. def. | pron. pess. f. | pron. dem. | prep.

Exprime várias relações, entre as quais movimento, extensão, meio, semelhança, preço, lugar, matéria, fim, tempo, quantidade, maneira de acção, objecto de referência, hipótese....


cumulativo | adj.

Diz-se das disposições legais sobre hipóteses já prevenidas por outras disposições....


ficcional | adj. 2 g.

Relativo à ficção; baseado na ficção....


a priori | loc.

Por hipótese ou por dedução....


ergódico | adj.

Que permite representar ou determinar de forma estatística o comportamento de um todo dinâmico, baseando-se em cada sequência ou amostra e na probabilidade de recorrência ou é relativo a esse processo (ex.: hipótese ergódica, princípio ergódico, teoria ergódica)....


abiogénese | n. f.

Hipótese que admitia a formação dos seres vivos a partir de matéria não viva....


conjectura | n. f.

Opinião, com fundamento incerto ou não verificado....


mito | n. m.

Coisa só possível por hipótese; quimera....


singénese | n. f.

Hipótese dos que admitem a criação simultânea de todos os seres vivos....


abiogenia | n. f.

Hipótese que admitia a formação dos seres vivos a partir de matéria não viva....


acaso | n. m. | adv.

Expressão usada para indicar uma hipótese (ex.: acaso haverá algum médico entre nós?)....


heterogenia | n. f.

Hipótese que admitia a formação dos seres vivos a partir de matéria não viva....


azarão | n. m.

Cavalo em que poucos apostam por ter menos hipóteses de ganhar uma corrida....


apelo | n. m.

Sem hipótese de recurso; sem alternativa; irrevogavelmente....


atomismo | n. m.

Sistema que explica a constituição do universo pela hipótese atómica, supondo que o primeiro átomo se formara do nada....


alegado | n. m. | adj.

Que é admitido como hipótese (ex.: o alegado assassino já foi detido)....


chuto | n. m.

Pontapé ou impulso forte com o pé na bola (ex.: concluiu a jogada com um chuto potente, sem hipóteses para o guarda-redes)....



Dúvidas linguísticas



Sobre a conjugação do verbo ‘trazer’, no futuro do indicativo, tenho a seguinte dúvida:
(1) Trar-se-ão a Portugal.
ou
(2) Trazer-se-ão a Portugal.
Será que a primeira hipótese está correcta? Não consigo encontrar qualquer tipo de referência, no entanto surge-me intuitivamente.
O verbo trazer é irregular, nomeadamente, para o caso que nos interessa, nas formas do futuro do indicativo: trará, trarás, traremos, trareis, trarão (se se tratasse de um verbo regular, as formas seriam *trazerei, ..., *trazerão [o asterisco indica forma incorrecta]).

Quando é necessário utilizar um pronome pessoal átono (ex.: me, o, se) nas formas do futuro do indicativo (ex.: telefonará) ou do condicional (ex.: encontraria), este pronome é inserido entre o radical e a desinência do verbo (ex.: telefonará + me = telefonar-me-á; encontraria + o = encontrá-lo-ia).

Como se trata da flexão irregular trarão, a forma correcta com o pronome deverá ser trar-se-ão e não *trazer-se-ão, que é uma forma incorrecta.




Escreve-se ei-la ou hei-la?
A forma correcta é ei-la.

A palavra eis é tradicionalmente classificada como um advérbio e parece ser o único caso, em português, de uma forma não verbal que se liga por hífen aos clíticos. Como termina em -s, quando se lhe segue o clítico o ou as flexões a, os e as, este apresenta a forma -lo, -la, -los, -las, com consequente supressão de -s (ei-lo, ei-la, ei-los, ei-las).

A forma hei-la poderia corresponder à flexão da segunda pessoa do plural do verbo haver no presente do indicativo (ex.: vós heis uma propriedade > vós hei-la), mas esta forma, a par da forma hemos, já é desusada no português contemporâneo, sendo usadas, respectivamente, as formas haveis e havemos. Vestígios destas formas estão presentes na formação do futuro do indicativo (ex.: nós ofereceremos, vós oferecereis, nós oferecê-la-emos, vós oferecê-la-eis; sobre este assunto, poderá consultar a resposta mesóclise).

Pelo que acima foi dito, e apesar de a forma heis poder estar na origem da forma eis (o que pode explicar o facto de o clítico se ligar por hífen a uma forma não verbal e de ter um comportamento que se aproxima do de uma forma verbal), a grafia hei-la não pode ser considerada regular no português contemporâneo, pelo que o seu uso é desaconselhado.


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