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descaracterizado

A que foram retirados sinais ou marcas identificativas da sua função (ex.: veículo descaracterizado)....


deformado | adj.

Cuja forma original foi descaracterizada; que se deformou (ex.: imagem deformada; articulações deformadas)....


TVDE | sigla

Transporte individual e remunerado de passageiros, organizado e disponibilizado a partir de uma plataforma electrónica e realizado em veículos descaracterizados (ex.: operador de TVDE; regulamentação da actividade de TVDE)....


Acto ou efeito de tirar ou perder o carácter rural....


desalmar | v. tr. e pron. | v. pron.

Tornar ou ficar desalmado, desumano, insensível (ex.: anos de guerra civil desalmaram a população; o soldado enrudeceu, mas não se desalmou)....


descaracterizar | v. tr. | v. pron.

Tirar o verdadeiro carácter a; disfarçar....


desruralizar | v. tr. e pron.

Tirar ou perder o carácter rural (ex.: desruralizar o campo; a região está a desruralizar-se e a descaracterizar-se rapidamente)....


pseudonimizar | v. tr. e pron. | v. tr.

Tratar automaticamente informação para que determinados dados sejam descaracterizados e não possam ser atribuídos de forma directa ao seu titular, que apenas pode ser reidentificado com recurso a informações complementares (ex.: pseudonimizar dados pessoais; o programa vai pseudonimizar os campos assinalados)....


Técnica de tratamento automático de informação para que determinados dados seja descaracterizados e não possam ser atribuídos de forma directa ao seu titular, que apenas pode ser reidentificado com recurso a informações complementares (ex.: pseudonimização de dados pessoais)....



Dúvidas linguísticas



Sobre a conjugação do verbo ‘trazer’, no futuro do indicativo, tenho a seguinte dúvida:
(1) Trar-se-ão a Portugal.
ou
(2) Trazer-se-ão a Portugal.
Será que a primeira hipótese está correcta? Não consigo encontrar qualquer tipo de referência, no entanto surge-me intuitivamente.
O verbo trazer é irregular, nomeadamente, para o caso que nos interessa, nas formas do futuro do indicativo: trará, trarás, traremos, trareis, trarão (se se tratasse de um verbo regular, as formas seriam *trazerei, ..., *trazerão [o asterisco indica forma incorrecta]).

Quando é necessário utilizar um pronome pessoal átono (ex.: me, o, se) nas formas do futuro do indicativo (ex.: telefonará) ou do condicional (ex.: encontraria), este pronome é inserido entre o radical e a desinência do verbo (ex.: telefonará + me = telefonar-me-á; encontraria + o = encontrá-lo-ia).

Como se trata da flexão irregular trarão, a forma correcta com o pronome deverá ser trar-se-ão e não *trazer-se-ão, que é uma forma incorrecta.




Tenho informações de que a palavra adequar é verbo defectivo e portanto, dizer "eu adequo" estaria errado por não existir esta conjugação.
Nem sempre há consenso entre os gramáticos quanto à defectividade de um dado verbo. É o que acontece no presente caso: o Dicionário Aurélio Eletrônico, por exemplo, regista o verbo adequar como defectivo, conjugando-o apenas parcialmente, enquanto o Dicionário Eletrônico Houaiss conjuga o verbo em todas as suas formas. A este respeito convém talvez transcrever o que diz Rebelo Gonçalves (que conjuga igualmente o referido verbo em todas as formas) no seu Vocabulário da Língua Portuguesa (1966: p. xxx):

"3. Indicando a conjugação de verbos defectivos, incluímos nela, donde a onde, formas que teoricamente podem suprir as que a esses verbos normalmente faltam. Critério defensável, parece-nos, porque não custa admitir, em certos casos, que esta ou aquela forma, hipotética hoje, venha a ser real amanhã; e, desde que bem estruturada, serve de antecipado remédio a possíveis inexactidões."

A defectividade verbal ocorre geralmente por razões de pronúncia (por exemplo, para não permitir sequências sonoras estranhas ou desagradáveis ao ouvido dos falantes como *coloro em “Eu coloro com tinta verde.” [leia-se: “Eu estou a colorir com tinta verde” / “Eu estou colorindo com tinta verde”]) ou por razões de significado (nem sempre a ideia transmitida pelo verbo é passível de ser expressa por todas as pessoas gramaticais). No entanto, convém ter em mente, como afirma Rebelo Gonçalves, que o termo (no caso, uma forma verbal) que hoje não passa de uma hipótese, futuramente poderá ser uma realidade.

No caso em análise, será correcta uma frase como "eu adequo a minha linguagem ao público a que me dirijo".


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