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turra

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turraturra
( tur·ra

tur·ra

)


nome feminino

1. [Informal] [Informal] Acto ou estado de quem repete ou mantém uma afirmação, uma acção ou um comportamento, sem desistir ou aceitar recusa (ex.: tem uma turra de opinião com o colega). = ALTERCAÇÃO, TEIMA, TEIMOSIA

2. [Informal] [Informal] Pancada dada com a testa ou com a cabeça (ex.: dar uma turra).


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

3. [Informal] [Informal] Que tem o hábito de teimar (ex.: que forma tão turra de ver as coisas). = CATURRA, OBSTINADO, TEIMOSO

4. [Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] [História] [História] Relativo aos guerrilheiros ou aos movimentos independentistas africanos nos tempos da guerra colonial portuguesa.


adjectivo de dois géneros e nome de dois génerosadjetivo de dois géneros e nome de dois géneros

5. [Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] [História] [História] Diz-se de ou guerrilheiro dos movimentos independentistas africanos nos tempos da guerra colonial portuguesa (ex.: chefes turras; os oficiais reuniram com os turras).


às turras

[Informal] [Informal] Em desavença, em conflito (ex.: andar às turras; em vez de resolverem finalmente o problema, preferem ficar ali às turras). = DESAVINDO

etimologiaOrigem etimológica:redução de caturra.
Confrontar: torra.

Esta palavra no dicionário



Dúvidas linguísticas



É indiferente a utilização indistinta dos verbos levantar e alevantar, rebentar e arrebentar?
As palavras que referiu são sinónimas duas a duas (alevantar = levantar, arrebentar = rebentar), sendo as formas iniciadas por a- variantes formadas pela adjunção do prefixo protético a-, sem qualquer alteração de sentido. A estas palavras podem juntar-se outros pares, como ajuntar/juntar, amostrar/mostrar, arrecuar/recuar, assoprar/soprar, ateimar/teimar, etc.

As formas com o elemento protético a- são geralmente consideradas mais informais ou características do discurso oral, devendo por isso ser evitadas em contextos que requerem alguma formalidade ou em que se quer evitar formas menos consensuais.

Apesar deste facto, não podemos fazer uma generalização destes casos para o uso do prefixo, uma vez que o prefixo a- pode ter outros valores, como os de aproximação, mudança (ex.: abaixo < a- + baixo, acertar < a- + certo + -ar) ou de privação, negação (ex.: atemporal < a- + temporal, assexuado < a- + sexuado), em que já não se trata de variação, mas de derivação.




Em palavras como emagrecer e engordar as terminações -er e -ar são sufixos ou desinências verbais de infinitivo? Se são o último caso, essas palavras não podem ser consideradas derivações parassintéticas...ou podem?
As terminações verbais -er e -ar são compostas pela junção de -e- (vogal temática da 2.ª conjugação) ou -a- (vogal temática da 1.ª conjugação), respectivamente, à desinência de infinitivo -r. Destas duas terminações, apenas -ar corresponde a um sufixo, pois no português actual usa-se -ar para formar novos verbos a partir de outras palavras, normalmente de adjectivos ou de substantivos, mas não se usa -er. Apesar de os sufixos de verbalização serem sobretudo da primeira conjugação (ex.: -ear em sortear, -ejar em relampaguejar, -izar em modernizar, -icar em adocicar, -entar em aviventar), há alguns sufixos verbais da segunda conjugação, como -ecer. Este sufixo não entra na formação do verbo emagrecer, mas entra na etimologia de outros verbos formados por sufixação (ex.: escurecer, favorecer, fortalecer, obscurecer, robustecer, vermelhecer) ou por prefixação e sufixação simultâneas (ex.: abastecer, abolorecer, amadurecer, empobrecer, engrandecer, esclarecer).

Dos verbos que menciona, apenas engordar pode ser claramente considerado derivação parassintética, uma vez que resulta de prefixação e sufixação simultâneas: en- + gord(o) + -ar. O verbo emagrecer deriva do latim emacrescere e não da aposição de prefixo e sufixo ao adjectivo magro.