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sentidamente

A forma sentidamentepode ser [derivação de sentidosentido] ou [advérbio].

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sentidamentesentidamente
( sen·ti·da·men·te

sen·ti·da·men·te

)


advérbio

De modo sentido.

etimologiaOrigem etimológica:sentido + -mente.
sentidosentido
( sen·ti·do

sen·ti·do

)
Imagem

sentido anti-horário

Movimento circular que se faz do topo do círculo para a esquerda até retomar o ponto inicial, ao contrário do movimento habitual dos ponteiros de um relógio analógico.


adjectivoadjetivo

1. Que se sente, nota ou percebe facilmente (ex.: movimento sentido; sismo sentido). = PERCEPTÍVEL, SENSÍVELIMPERCEPTÍVEL, INSENSÍVEL

2. Que mostra mágoa ou ofensa. = MAGOADO, MELINDRADO, OFENDIDO, RESSENTIDO

3. Que demonstra tristeza ou pesar. = CONTRISTADO, PESAROSO, TRISTEALEGRE, CONTENTE, FESTIVO

4. Que se ofende facilmente. = MELINDROSO, SENSÍVEL, SUSCEPTÍVELINSENSÍVEL, INSUSCEPTÍVEL

5. Que tem o carácter ou o tom de lamentação. = LAMENTOSO, PLANGENTE, QUÉRULOALEGRE, ANIMADO, FESTIVO, JUBILOSO, REGOZIJANTE

6. Que é dito ou feito com convicção ou sentimento (ex.: discurso sentido). = CONVICTO

7. Que está um pouco estragado ou apodrecido (ex.: fruta sentida).


nome masculino

8. Faculdade que têm o homem e os animais de receber as impressões dos objectos exteriores (ex.: sentido da audição; sentido da visão; sentido do olfacto; sentido do paladar; sentido do tacto).

9. Capacidade para sentir (ex.: tem um grande sentido de humor). = SENSO

10. Capacidade de pensar. = PENSAMENTO, RAZÃO, SENSO

11. Aquilo que é pensado (ex.: a ideia não lhe sai do sentido). = CABEÇA, ESPÍRITO, PENSAMENTO

12. Manifestação de vontade, depois de admitir como hipótese (ex.: estamos a trabalhar nesse sentido). = INTENÇÃO, INTENTO, INTUITO, MIRA, PENSAMENTO, PROPÓSITO

13. Relação ou ligação lógica ou racional (ex.: esta explicação não faz sentido; que sentido é que isso tem?). = COERÊNCIA, CONEXÃO, LÓGICA, LOGICIDADE, NEXOILOGICIDADE

14. Preocupação de olhar, de ouvir e de ter concentração mental para compreender o que se passa ou para cuidar de algo. = ATENÇÃO, CUIDADO, DESVELODESLEIXO, DISPLICÊNCIA, NEGLIGÊNCIA

15. Memória.

16. Lado de uma coisa em relação ao espaço circundante ou para onde algo ou alguém se movimenta ou se vira (ex.: mudaram a disposição do sentido norte-sul para o sentido este-oeste). = DIRECÇÃO, ORIENTAÇÃO, RUMO

17. Cada uma das duas direcções opostas em que algo ou alguém se pode mover (ex.: rua de sentido único; sentido proibido; é nesta direcção, mas no sentido oposto).

18. [Linguística] [Lingüística] [Linguística] Cada um dos significados que tem ou toma uma palavra (ex.: sentido depreciativo; sentido figurado; sentido literal; uma palavra polissémica tem vários sentidos). = ACEPÇÃO, SIGNIFICAÇÃO

19. Modo, aspecto, ponto de vista, maneira de agir, de considerar ou de distinguir (ex.: sentido de humor; sentido de orientação; sentido de responsabilidade).


interjeição

20. Expressão usada para pedir concentração ou cuidado em relação a algo. = ATENÇÃO, CUIDADO

21. [Militar] [Militar] Voz de comando a exigir prontidão e atenção de militares ou afins.

sentidos


nome masculino plural

22. Conjunto das faculdades para a percepção dos objectos exteriores (ex.: perder os sentidos; recuperar os sentidos).

23. Conjunto das faculdades intelectuais. = RACIOCÍNIO

24. Voluptuosidade, prazer, sensualidade, concupiscência.


com os cinco sentidos

Com todo o cuidado, como é devido.

em sentido

Em posição de formalidade ou de respeito.

perder os sentidos

Desmaiar, desfalecer.

sem sentidos

Desmaiado, desfalecido.

sentido anti-horário

Movimento circular que se faz do topo do círculo para a esquerda até retomar o ponto inicial, ao contrário do movimento habitual dos ponteiros de um relógio analógico.Imagem

sentido antitrigonométrico

O mesmo que sentido horário.

sentido destro

O mesmo que sentido horário.

sentido directo

O mesmo que sentido horário.

sentido horário

Movimento circular que se faz do topo do círculo para a direita até retomar o ponto inicial, à semelhança do movimento habitual dos ponteiros de um relógio analógico.Imagem

sentido inverso

O mesmo que sentido horário.

sentido negativo

O mesmo que sentido horário.

sentido positivo

O mesmo que sentido anti-horário.

sentido proibido

Sentido contrário ao sentido normal autorizado de uma faixa de rodagem. = CONTRAMÃO

sentido retrógrado

O mesmo que sentido horário.

sexto sentido

Intuição.

sentido sinistro

O mesmo que sentido anti-horário.

sentido trigonométrico

O mesmo que sentido anti-horário.

sentido único

Circulação só permitida numa das direcções de uma rua ou estrada. = MÃO ÚNICA

etimologiaOrigem etimológica:particípio de sentir.


Dúvidas linguísticas



Sobre a conjugação do verbo ‘trazer’, no futuro do indicativo, tenho a seguinte dúvida:
(1) Trar-se-ão a Portugal.
ou
(2) Trazer-se-ão a Portugal.
Será que a primeira hipótese está correcta? Não consigo encontrar qualquer tipo de referência, no entanto surge-me intuitivamente.
O verbo trazer é irregular, nomeadamente, para o caso que nos interessa, nas formas do futuro do indicativo: trará, trarás, traremos, trareis, trarão (se se tratasse de um verbo regular, as formas seriam *trazerei, ..., *trazerão [o asterisco indica forma incorrecta]).

Quando é necessário utilizar um pronome pessoal átono (ex.: me, o, se) nas formas do futuro do indicativo (ex.: telefonará) ou do condicional (ex.: encontraria), este pronome é inserido entre o radical e a desinência do verbo (ex.: telefonará + me = telefonar-me-á; encontraria + o = encontrá-lo-ia).

Como se trata da flexão irregular trarão, a forma correcta com o pronome deverá ser trar-se-ão e não *trazer-se-ão, que é uma forma incorrecta.




Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.