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ressaca

A forma ressacapode ser [segunda pessoa singular do imperativo de ressacarressacar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de ressacarressacar] ou [nome feminino].

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ressacaressaca
( res·sa·ca

res·sa·ca

)


nome feminino

1. Movimento das ondas sobre si mesmas, quando recuam depois da rebentação. = REFLUXO

2. Porto formado pela preia-mar.

3. Mal-estar causado pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou de drogas.

4. [Por extensão] [Por extensão] Conjunto de efeitos na sequência de um acontecimento (ex.: ressaca da vitória).

5. [Figurado] [Figurado] Falta de estabilidade. = INCONSTÂNCIA, VOLUBILIDADE

6. [Antigo] [Antigo] Retaguarda.

etimologiaOrigem etimológica:espanhol resaca.
ressacar1ressacar1
( res·sa·car

res·sa·car

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo intransitivo

1. Recuar (a água), depois da rebentação. = REFLUIR

2. Ficar com uma ressaca.

etimologiaOrigem etimológica:ressaca + -ar.
ressacar2ressacar2
( res·sa·car

res·sa·car

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

Fazer o ressaque de (letra de câmbio). = RECAMBIAR

etimologiaOrigem etimológica:re- + sacar.

Auxiliares de tradução

Traduzir "ressaca" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Tenho informações de que a palavra adequar é verbo defectivo e portanto, dizer "eu adequo" estaria errado por não existir esta conjugação.
Nem sempre há consenso entre os gramáticos quanto à defectividade de um dado verbo. É o que acontece no presente caso: o Dicionário Aurélio Eletrônico, por exemplo, regista o verbo adequar como defectivo, conjugando-o apenas parcialmente, enquanto o Dicionário Eletrônico Houaiss conjuga o verbo em todas as suas formas. A este respeito convém talvez transcrever o que diz Rebelo Gonçalves (que conjuga igualmente o referido verbo em todas as formas) no seu Vocabulário da Língua Portuguesa (1966: p. xxx):

"3. Indicando a conjugação de verbos defectivos, incluímos nela, donde a onde, formas que teoricamente podem suprir as que a esses verbos normalmente faltam. Critério defensável, parece-nos, porque não custa admitir, em certos casos, que esta ou aquela forma, hipotética hoje, venha a ser real amanhã; e, desde que bem estruturada, serve de antecipado remédio a possíveis inexactidões."

A defectividade verbal ocorre geralmente por razões de pronúncia (por exemplo, para não permitir sequências sonoras estranhas ou desagradáveis ao ouvido dos falantes como *coloro em “Eu coloro com tinta verde.” [leia-se: “Eu estou a colorir com tinta verde” / “Eu estou colorindo com tinta verde”]) ou por razões de significado (nem sempre a ideia transmitida pelo verbo é passível de ser expressa por todas as pessoas gramaticais). No entanto, convém ter em mente, como afirma Rebelo Gonçalves, que o termo (no caso, uma forma verbal) que hoje não passa de uma hipótese, futuramente poderá ser uma realidade.

No caso em análise, será correcta uma frase como "eu adequo a minha linguagem ao público a que me dirijo".




Em "Ninguém te vai agradecer", qual a função sintáctica de te? Será complemento indirecto?
O pronome pessoal te pode desempenhar função de complemento directo (ex.: vi-te ontem) ou de complemento indirecto (ex.: dei-te um beijo). No caso em apreço, o pronome te desempenha a função de complemento indirecto, uma vez que corresponde à pronominalização de uma construção do verbo agradecer como transitivo indirecto, com a preposição a (agradecer-te = agradecer a ti), podendo ocorrer com um complemento directo (ex.: ninguém te vai agradecer o favor = ninguém to vai agradecer).
Para determinar a função sintáctica deste pronome, é útil substituir a segunda pessoa gramatical (tu > te) pela terceira (ele > o/lhe), pois neste caso o complemento directo e o complemento indirecto têm formas diferentes, o para o complemento directo, lhe para o complemento indirecto (ex.: ninguém vai agradecer o favor ao rapaz > ninguém lhe vai agradecer o favor / *ninguém o vai agradecer o favor; o asterisco indica agramaticalidade).

Para dúvidas deste teor, poderá consultar uma obra como o Dicionário Gramatical de Verbos Portugueses, dirigido por João Malaca CASTELEIRO (Lisboa: Texto Editores, 2007), que contém a explicitação das funções sintácticas de cada verbo.