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reforço

A forma reforçopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de reforçarreforçar] ou [nome masculino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
reforçoreforço
|fô| |fô|
( re·for·ço

re·for·ço

)


nome masculino

1. Acto ou efeito de reforçar.

2. Aquilo que reforça.

3. Aumento de força.

4. Auxílio.

5. Tropas auxiliares.

6. Peça de ferro, soldada a outra, para lhe aumentar a resistência.

7. [Artilharia] [Artilharia] A parte mais espessa das bocas-de-fogo.

8. Parte de uma peça de malha tecida com fio mais grosso.

9. [Fotografia] [Fotografia] Aumento de intensidade dos negros num cliché fotográfico.

10. [Psicologia] [Psicologia] Apresentação do estímulo que desencadeia a reacção incondicional, em vez do estímulo condicional.


em reforço de

Para dar mais força: Citar um exemplo em reforço de uma teoria.

vistoPlural: reforços |fó|.
iconPlural: reforços |fó|.
reforçarreforçar
( re·for·çar

re·for·çar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Tornar mais forte ou resistente.

2. Tornar mais intenso.

3. Tornar mais numeroso.

4. [Figurado] [Figurado] Reanimar.

5. Dar força a.


verbo intransitivo e pronominal

6. Tornar-se mais forte, mais robusto.

7. Enrijecer.

Auxiliares de tradução

Traduzir "reforço" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Sobre a conjugação do verbo ‘trazer’, no futuro do indicativo, tenho a seguinte dúvida:
(1) Trar-se-ão a Portugal.
ou
(2) Trazer-se-ão a Portugal.
Será que a primeira hipótese está correcta? Não consigo encontrar qualquer tipo de referência, no entanto surge-me intuitivamente.
O verbo trazer é irregular, nomeadamente, para o caso que nos interessa, nas formas do futuro do indicativo: trará, trarás, traremos, trareis, trarão (se se tratasse de um verbo regular, as formas seriam *trazerei, ..., *trazerão [o asterisco indica forma incorrecta]).

Quando é necessário utilizar um pronome pessoal átono (ex.: me, o, se) nas formas do futuro do indicativo (ex.: telefonará) ou do condicional (ex.: encontraria), este pronome é inserido entre o radical e a desinência do verbo (ex.: telefonará + me = telefonar-me-á; encontraria + o = encontrá-lo-ia).

Como se trata da flexão irregular trarão, a forma correcta com o pronome deverá ser trar-se-ão e não *trazer-se-ão, que é uma forma incorrecta.




Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.