PT
BR
Pesquisar
Definições



oitava

A forma oitavapode ser [feminino singular de oitavooitavo], [segunda pessoa singular do imperativo de oitavaroitavar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de oitavaroitavar] ou [nome feminino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
oitavaoitava
( oi·ta·va

oi·ta·va

)


nome feminino

1. Cada uma das oito partes iguais de um todo.

2. Oitava parte da onça.

3. Intervalo entre duas notas musicais do mesmo nome, mas de diferente som (nos instrumentos de teclado).

4. Estrofe de oito versos.

5. Oito cartas seguidas do mesmo naipe (em certos jogos).

6. [Religião católica] [Religião católica] Cada um dos oito dias seguintes a certas festas solenes, particularmente o último deles.


primeira oitava

[Portugal: Madeira] [Portugal: Madeira] O dia 26 de Dezembro, que prolonga rituais e tradições de Natal.

etimologiaOrigem etimológica:latim octava, feminino de octavus, -a, -um, oitavo.
oitavaroitavar
( oi·ta·var

oi·ta·var

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Dar forma oitavada a.

2. Dividir em oitavas.

etimologiaOrigem etimológica:oitavo + -ar.
oitavooitavo
( oi·ta·vo

oi·ta·vo

)


adjectivo numeral e nome masculinoadjetivo numeral e nome masculino

1. Que ou o que vem depois do sétimo.


nome masculino

2. Cada uma das oito partes iguais de um todo. = OITAVA

3. O último numa série de oito.


em oitavo

Do formato de 16 páginas por folha. = IN-OCTAVO, IN-OITAVO

etimologiaOrigem etimológica:latim octavus, -a, -um.

Auxiliares de tradução

Traduzir "oitava" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Qual a escrita correcta para o planeta? Urano ou Úrano?
Os vocabulários tidos como as maiores referências para o português europeu (Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves e Grande Vocabulário da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado) registam apenas a forma Úrano, referindo Rebelo Gonçalves que a forma Urano, apesar de corrente, “é inexacta”. Esta indicação deve-se à forma latina Uranus, em que o U da antepenúltima sílaba é uma vogal longa (sendo o -a- da penúltima sílaba uma vogal breve), o que corresponde geralmente a uma palavra esdrúxula em português.

No entanto, parece ter havido uma regularização da acentuação da palavra (em português, o padrão mais regular de acentuação é o das palavras graves, isto é, acentuadas na penúltima sílaba), e é de facto muito corrente a forma Urano, inclusivamente com registo em dicionários. Por este motivo, e apesar de a forma Úrano ser a preferida pelos autores mais puristas, pode hoje considerar-se aceitável também a forma Urano.




A minha dúvida é a respeito da etimologia de determinadas palavras cuja raiz é de origem latina, por ex. bondade, sensibilidade, depressão, etc. No Dicionário Priberam elas aparecem com a terminação nominativa mas noutros dicionários parece-me que estão na terminação ablativa e não nominativa. Gostaria que me esclarecessem.
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa regista, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas que são normalmente enunciadas na forma do nominativo, seguida do genitivo: bonitas, bonitatis (ou bonitas, -atis); sensibilitas, sensibilitatis (ou sensibilitas, -atis) e depressio, depressionis (ou depressio, -onis).

Noutros dicionários gerais de língua portuguesa, é muito usual o registo da etimologia latina através da forma do acusativo sem a desinência -m (não se trata, como à primeira vista pode parecer, do ablativo). Isto acontece por ser o acusativo o caso lexicogénico, isto é, o caso latino que deu origem à maioria das palavras do português, e por, na evolução do latim para o português, o -m da desinência acusativa ter invariavelmente desaparecido. Assim, alguns dicionários registam, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas bonitate, sensibilitate e depressione, que foram extrapoladas, respectivamente, dos acusativos bonitatem, sensibilitatem e depressionem.

Esta opção de apresentar o acusativo apocopado pode causar alguma perplexidade nos consulentes dos dicionários, que depois não encontram estas formas em dicionários de latim. Alguns dicionários optam por assinalar a queda do -m, colocando um hífen no final do étimo latino (ex.: bonitate-, sensibilitate-, depressione-). Outros, mais raros, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa optaram por enunciar os étimos latinos (ex.: bonitas, -atis; sensibilitas, -atis, depressio, -onis), não os apresentando como a maioria dos dicionários; o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa não enuncia o étimo latino dos verbos, referenciando apenas a forma do infinitivo (ex.: fazer < facere; sentir < sentire).