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natural

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naturalnatural
( na·tu·ral

na·tu·ral

)


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

1. Da natureza ou a ela relativo (ex.: ciências naturais).

2. Produzido pela natureza (ex.: fenómeno natural).

3. Oriundo, originário.

4. Que não tem artifício, composição ou mistura (ex.: iogurte natural).

5. Que existe na natureza; que não foi criado pelo homem (ex.: lagoa natural).ARTIFICIAL

6. Que é do próprio; que não é colocado para substituir ou melhorar algo que falta ou não existe (ex.: cabelo natural; unhas naturais). = GENUÍNO, VERDADEIROFALSO, POSTIÇO

7. Sem doblez nem impostura. = SIMPLES, SINGELO

8. Que não é pensado ou preparado. = ESPONTÂNEOARTIFICIAL, ESTUDADO

9. Lógico; regular.

10. Que acontece segundo o uso, a norma ou o que se espera (ex.: reacção normal). = ANORMAL, ESTRANHO

11. Que tem grande probabilidade de acontecer. = PROVÁVEL

12. Que já existe desde o nascimento. = INATO

13. Conforme à natureza da pessoa ou do ser humano. = CARACTERÍSTICO, INERENTE, INTRÍNSECO, PRÓPRIO

14. Patrício, conterrâneo.

15. Que está à temperatura normal do ambiente (ex.: água natural).

16. [Direito] [Direito] Que gerou ou foi gerado fora do casamento (ex.: pai natural; filho natural).


adjectivo de dois géneros e nome de dois génerosadjetivo de dois géneros e nome de dois géneros

17. Que ou quem nasceu em determinado local. = AUTÓCTONE, INDÍGENA, NATIVOALIENÍGENA, ESTRANGEIRO, FORASTEIRO


nome masculino

18. O que é simples e conforme à natureza.

19. Modelo original de algo.

20. Modo de ser (ex.: ter bom natural). = CARÁCTER, ÍNDOLE

21. Tal e qual é ou está.

22. [Culinária] [Culinária] Aquilo que não tem molho ou nem preparação que lhe altere o gosto.

23. [Aritmética] [Aritmética] O mesmo que número natural.


ao natural

Sem artifícios, sem adição de algo que altere as características originais.

vistoPlural: naturais.
etimologiaOrigem etimológica:latim naturalis, -e.
iconPlural: naturais.

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Dúvidas linguísticas



É possível utilizar a palavra coleccionismo? Qual a justificação para não se poder utilizar?
Não há qualquer motivo para não poder utilizar coleccionismo. Este substantivo, que designa a actividade de coleccionar, está correctamente formado (da raiz latina collectio, -onis "colecção" + sufixo -ismo) e surge registado em muitos dicionários de língua.



Meias medidas, meias palavras, meias tintas são palavras que vejo grafadas com hífen e sem ele. Qual a forma correcta?
Esta é uma questão problemática, cuja resposta não pode ser peremptória, dado o carácter artificial e convencionado de muitos aspectos da ortografia, nomeadamente o uso do hífen.

Como pode verificar seguindo as hiperligações para o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, as formas meia-tinta (plural: meias-tintas) e meias-palavras são grafadas com hífen neste dicionário. Se analisarmos cada uma das formas questionadas, podemos verificar que não há consenso entre os dicionários no seu registo, mas há uma tendência para a dicionarização destas formas como palavras hifenizadas.

A forma meias-medidas surge registada hifenizada tanto no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Editorial Verbo, 2001) como no Grande Dicionário Língua Portuguesa (Porto: Porto Editora, 2004), mas surge também como elemento de uma expressão verbal no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia ou no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002), nas locuções não estar para meias medidas = “mostrar determinação e firmeza” e não ser de meias medidas = “tomar decisões”.

A forma meias-palavras surge registada hifenizada no Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo GONÇALVES (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, no Grande Dicionário Língua Portuguesa. Nos restantes dicionários consultados, não foi encontrado registo nem como palavra hifenizada, nem como locução.

Pela consulta de diversos dicionários, verificamos que parece haver uma relativa unanimidade no registo de meia-tinta (plural: meias-tintas) como palavra hifenizada, sendo que o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa parece ser o único a registar entradas separadas para meia-tinta (“graduação de cores” ou “disfarce”) e para meias-tintas (“pessoa cuja opinião é pouco definida”).

Esta falta de consenso nas obras lexicográficas é consequência da dificuldade de uso coerente do hífen em português (que o texto pouco esclarecedor da base XXVIII do Acordo Ortográfico de 1945 ou da base XV do Acordo Ortográfico de 1990 não resolve) e do uso deste sinal por tradição lexicográfica. Quando há necessidade de registar nos dicionários, estes tomam por vezes opções diferentes (às vezes dentro do próprio dicionário), mas, pelas razões apontadas, nenhuma delas pode ser considerada incorrecta. Deve referir-se que, num mesmo texto, se deverá usar a opção tomada com coerência, isto é, uma vez escolhida a opção de hifenizar ou não uma destas formas, sempre que a palavra for usada deverá ser escrita da mesma forma.