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grãozinho

A forma grãozinhopode ser [derivação masculino singular de grãogrão] ou [nome masculino].

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grãozinhogrãozinho
( grão·zi·nho

grão·zi·nho

)


nome masculino

1. Diminutivo de grão.


estar com um grãozinho na asa

Estar alegre, estar levemente embriagado.

vistoPlural: grãozinhos.
iconPlural: grãozinhos.
grão1grão1


nome masculino

1. [Botânica] [Botânica] Cada uma dos frutos ou das sementes de várias gramíneas e de alguns legumes.

2. [Por extensão] [Por extensão] [Botânica] [Botânica] O mesmo que grão-de-bico.

3. Nome genérico de vários corpos arredondados que não excedem o tamanho de um grão de milho. = BAGO

4. Pequena quantidade de algo.

5. Cada uma das pequenas saliências de uma superfície áspera. = GRÂNULO

6. [Fotografia] [Fotografia] Efeito granulado numa fotografia. = GRANULAÇÃO

7. [Metrologia] [Metrologia] Antigo peso correspondente a 496 miligramas.

8. Mó superior do moinho.

9. [Calão] [Tabuísmo] Testículo.


grão na asa

Estado de leve embriaguez.

grão de pólen

[Botânica] [Botânica]  Elemento reprodutivo masculino das plantas com sementes.

vistoPlural: grãos.
etimologiaOrigem etimológica:latim granum, -i.
iconPlural: grãos.
Confrontar: grau.
grão2grão2


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

[Pouco usado] [Pouco usado] Grande. = GRÃ

vistoPlural: grãos.
etimologiaOrigem etimológica:redução de grande.
iconPlural: grãos.
Confrontar: grau.


Dúvidas linguísticas



Sobre a conjugação do verbo ‘trazer’, no futuro do indicativo, tenho a seguinte dúvida:
(1) Trar-se-ão a Portugal.
ou
(2) Trazer-se-ão a Portugal.
Será que a primeira hipótese está correcta? Não consigo encontrar qualquer tipo de referência, no entanto surge-me intuitivamente.
O verbo trazer é irregular, nomeadamente, para o caso que nos interessa, nas formas do futuro do indicativo: trará, trarás, traremos, trareis, trarão (se se tratasse de um verbo regular, as formas seriam *trazerei, ..., *trazerão [o asterisco indica forma incorrecta]).

Quando é necessário utilizar um pronome pessoal átono (ex.: me, o, se) nas formas do futuro do indicativo (ex.: telefonará) ou do condicional (ex.: encontraria), este pronome é inserido entre o radical e a desinência do verbo (ex.: telefonará + me = telefonar-me-á; encontraria + o = encontrá-lo-ia).

Como se trata da flexão irregular trarão, a forma correcta com o pronome deverá ser trar-se-ão e não *trazer-se-ão, que é uma forma incorrecta.




Nota-se hoje alguma tendência para se inutilizar as regras do discurso indirecto. Nos textos jornalísticos sobretudo, hoje quase que ninguém mais respeita os comandos gramáticos regedores do discurso indirecto. Muitos inclusive argumentam tratar-se de normas "ultrapassadas". Daí vermos frequentemente frases do tipo O ministro X prometeu que o seu governo vai/irá cumprir os prazos/irá cumprir, ao invés de ia/iria cumprir, como manda a Gramática conhecida até hoje. De que lado estará então a correcção? Ou seja, as normas do discurso indirecto enunciadas nas diferentes gramáticas ainda valem ou deixaram de valer?
As chamadas regras para transformar o discurso directo em discurso indirecto mantêm-se, e têm na Nova Gramática do Português Contemporâneo (14.ª ed., Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, pp. 629-637) uma sistematização bastante completa.
No entanto, o discurso indirecto livre parece estar a ser cada vez mais usado na imprensa, consciente ou inconscientemente.

Esta forma de discurso é muito usada na oralidade e em textos literários que pretendem diminuir a distância entre o narrador e o discurso relatado e tem como característica exactamente a fusão do discurso directo com o discurso indirecto.
Disso é exemplo a frase apontada (O ministro X prometeu que o seu governo vai/irá cumprir os prazos), em que o início tem claramente características de discurso indirecto, como o enunciado na 3.ª pessoa (O ministro X prometeu) ou a oração subordinada integrante dependente de um verbo que indica declaração ou afirmação (prometeu que), e a segunda parte tem claramente características de discurso directo, como o tempo verbal no presente ou no futuro (o seu governo vai/irá cumprir) em vez de no pretérito imperfeito ou no condicional, como seria normal no discurso indirecto (o seu governo ia/iria cumprir).

Para melhor exemplificar a noção de discurso indirecto livre, por contraste com o discurso directo e com o discurso indirecto, colocamos as três frases a seguir.

Discurso directo: O meu governo vai cumprir os prazos.
Discurso indirecto: O ministro X prometeu que o seu governo ia cumprir os prazos.
Discurso indirecto livre: O ministro X prometeu que o seu governo vai cumprir os prazos.