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feminino

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femininofeminino
( fe·mi·ni·no

fe·mi·ni·no

)


adjectivoadjetivo

1. Que é próprio de ou relativo a mulher (ex.: identidade feminina; ponto de vista feminino).

2. Que é do sexo caracterizado pela presença de ovário ou pela produção de gâmetas femininos (ex.: espécime feminino). = FÊMEO

3. Próprio de ou relativo a fêmea (ex.: órgão sexual feminino).

4. Que tem qualidades ou atributos considerados como pertencentes às mulheres (ex.: hoje sinto-me muito feminina).

5. Que é composto por mulheres (ex.: grupo feminino; selecção feminina de futebol).

6. [Biologia] [Biologia] Diz-se de célula sexual, geralmente sem capacidade de locomoção e com maiores dimensões relativamente à célula masculina, que, na reprodução sexuada, se funde com a célula masculina para formar um ovo (ex.: o óvulo é a célula sexual feminina; gâmeta feminino).

7. [Botânica] [Botânica] Que tem pistilo, mas não tem estames (ex.: flor feminina).

8. [Gramática] [Gramática] Que é do género feminino, por oposição ao género masculino e ao género neutro, nas línguas em que este existe (ex.: palavra feminina; pronome feminino; substantivo feminino).


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

9. [Gramática] [Gramática] Diz-se de ou género das palavras que indicam fêmea ou das que se consideram não masculinas (ex.: género feminino; estes adjetivos estão no feminino: maravilhosa, poderosa, vencedora).


nome masculino

10. Conjunto de qualidades ou atributos considerados como pertencentes às mulheres (ex.: representações do feminino na pintura).

etimologiaOrigem etimológica:latim femininus, -a, -um.

Auxiliares de tradução

Traduzir "feminino" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Sobre a conjugação do verbo ‘trazer’, no futuro do indicativo, tenho a seguinte dúvida:
(1) Trar-se-ão a Portugal.
ou
(2) Trazer-se-ão a Portugal.
Será que a primeira hipótese está correcta? Não consigo encontrar qualquer tipo de referência, no entanto surge-me intuitivamente.
O verbo trazer é irregular, nomeadamente, para o caso que nos interessa, nas formas do futuro do indicativo: trará, trarás, traremos, trareis, trarão (se se tratasse de um verbo regular, as formas seriam *trazerei, ..., *trazerão [o asterisco indica forma incorrecta]).

Quando é necessário utilizar um pronome pessoal átono (ex.: me, o, se) nas formas do futuro do indicativo (ex.: telefonará) ou do condicional (ex.: encontraria), este pronome é inserido entre o radical e a desinência do verbo (ex.: telefonará + me = telefonar-me-á; encontraria + o = encontrá-lo-ia).

Como se trata da flexão irregular trarão, a forma correcta com o pronome deverá ser trar-se-ão e não *trazer-se-ão, que é uma forma incorrecta.




Nota-se hoje alguma tendência para se inutilizar as regras do discurso indirecto. Nos textos jornalísticos sobretudo, hoje quase que ninguém mais respeita os comandos gramáticos regedores do discurso indirecto. Muitos inclusive argumentam tratar-se de normas "ultrapassadas". Daí vermos frequentemente frases do tipo O ministro X prometeu que o seu governo vai/irá cumprir os prazos/irá cumprir, ao invés de ia/iria cumprir, como manda a Gramática conhecida até hoje. De que lado estará então a correcção? Ou seja, as normas do discurso indirecto enunciadas nas diferentes gramáticas ainda valem ou deixaram de valer?
As chamadas regras para transformar o discurso directo em discurso indirecto mantêm-se, e têm na Nova Gramática do Português Contemporâneo (14.ª ed., Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, pp. 629-637) uma sistematização bastante completa.
No entanto, o discurso indirecto livre parece estar a ser cada vez mais usado na imprensa, consciente ou inconscientemente.

Esta forma de discurso é muito usada na oralidade e em textos literários que pretendem diminuir a distância entre o narrador e o discurso relatado e tem como característica exactamente a fusão do discurso directo com o discurso indirecto.
Disso é exemplo a frase apontada (O ministro X prometeu que o seu governo vai/irá cumprir os prazos), em que o início tem claramente características de discurso indirecto, como o enunciado na 3.ª pessoa (O ministro X prometeu) ou a oração subordinada integrante dependente de um verbo que indica declaração ou afirmação (prometeu que), e a segunda parte tem claramente características de discurso directo, como o tempo verbal no presente ou no futuro (o seu governo vai/irá cumprir) em vez de no pretérito imperfeito ou no condicional, como seria normal no discurso indirecto (o seu governo ia/iria cumprir).

Para melhor exemplificar a noção de discurso indirecto livre, por contraste com o discurso directo e com o discurso indirecto, colocamos as três frases a seguir.

Discurso directo: O meu governo vai cumprir os prazos.
Discurso indirecto: O ministro X prometeu que o seu governo ia cumprir os prazos.
Discurso indirecto livre: O ministro X prometeu que o seu governo vai cumprir os prazos.