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evacuação

A forma evacuaçãopode ser [derivação feminino singular de evacuarevacuar] ou [nome feminino].

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evacuaçãoevacuação
( e·va·cu·a·ção

e·va·cu·a·ção

)


nome feminino

1. Acto ou efeito de evacuar.

2. Saída de um lugar que se abandona colectivamente.

3. Expulsão de matérias fecais.

4. Matérias fecais expelidas.

etimologiaOrigem etimológica:latim tardio evacuatio, -onis, esvaziamento.
evacuarevacuar
( e·va·cu·ar

e·va·cu·ar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Sair colectivamente ou fazer sair de um lugar que se deixa vazio ou que se abandona a outrem (ex.: os trabalhadores evacuaram a fábrica; as autoridades evacuaram a zona; os invasores foram obrigados a evacuar a ilha face à resistência da população).

2. [Militar] [Militar] Retirar de zona militarizada ou de combate (ex.: evacuar as tropas; evacuar os feridos da frente da batalha).

3. [Por extensão] [Por extensão] Retirar de situação de perigo ou que possa causar danos (ex.: a polícia evacuou os residentes do prédio). [Nota: uso controverso.]

4. [Fisiologia] [Fisiologia] Expelir do organismo (ex.: a ferida foi unida sem evacuar o sangue; é necessário evacuar o humor que molesta o enfermo).


verbo transitivo e intransitivo

5. Expulsar matéria fecal (ex.: a criança deixou de evacuar fezes líquidas ou soltas; o paciente já evacua sem problemas). = DEFECAR, DEJECTAR, OBRAR

etimologiaOrigem etimológica:latim evacuo, -are, esvaziar, limpar, purgar, livrar-se de, pôr de lado, enfraquecer, aniquilar, anular, cancelar.
Ver também resposta à dúvida: evacuar com significado de "retirar" .

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Dúvidas linguísticas



Sobre a conjugação do verbo ‘trazer’, no futuro do indicativo, tenho a seguinte dúvida:
(1) Trar-se-ão a Portugal.
ou
(2) Trazer-se-ão a Portugal.
Será que a primeira hipótese está correcta? Não consigo encontrar qualquer tipo de referência, no entanto surge-me intuitivamente.
O verbo trazer é irregular, nomeadamente, para o caso que nos interessa, nas formas do futuro do indicativo: trará, trarás, traremos, trareis, trarão (se se tratasse de um verbo regular, as formas seriam *trazerei, ..., *trazerão [o asterisco indica forma incorrecta]).

Quando é necessário utilizar um pronome pessoal átono (ex.: me, o, se) nas formas do futuro do indicativo (ex.: telefonará) ou do condicional (ex.: encontraria), este pronome é inserido entre o radical e a desinência do verbo (ex.: telefonará + me = telefonar-me-á; encontraria + o = encontrá-lo-ia).

Como se trata da flexão irregular trarão, a forma correcta com o pronome deverá ser trar-se-ão e não *trazer-se-ão, que é uma forma incorrecta.




Em https://www.flip.pt/Duvidas.../Duvida-Linguistica/DID/777 vocês concluem dizendo "pois trata-se de uma oração subordinada condicional, introduzida pela conjunção se". Nesse caso, pelas mesmas regras ali expostas, não teria de ser "pois se trata"? O "pois" não atrai nunca próclise?
No português europeu, a conjunção pois não é geralmente um elemento desencadeador de próclise (posição pré-verbal do pronome pessoal átono, ou clítico), a qual, como se referiu na resposta à dúvida posição dos clíticos, está associada a fenómenos gramaticais de negação, quantificação, focalização ou ênfase (vd. Eduardo RAPOSO et al. (orgs.), Gramática do Português, 1.ª ed., vol. II, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2013, pp. 2241-2242).


Pesquisas em corpora revelam que, na norma europeia, existem casos da conjunção pois com próclise (ex.: As despesas não aumentaram tanto como as receitas, pois se arredondaram em 26 811 contos) mas comprovam também que, estatisticamente, essa conjunção é mais usada com ênclise (posição pós-verbal do pronome pessoal átono), como na frase Em conclusão, as frases que nos enviou enquadram-se no contexto referido na alínea f), pois trata-se de uma oração subordinada condicional, introduzida pela conjunção se. Essa tendência é também corroborada pela seguinte afirmação de Ana Maria Martins, que se debruça sobre o tema na obra acima citada: «As orações explicativas introduzidas por pois (cf. Caps. 34, 35 e 38) apresentam sempre colocação enclítica dos pronomes átonos (desde que a próclise não seja independentemente motivada) [...].» (vd. Eduardo RAPOSO et al. (orgs.), Gramática do Português, 1.ª ed., vol. II, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2013, p. 2299).


Na norma brasileira, dado que a tendência natural é para a colocação do pronome antes do verbo, tal como se afirma na resposta à dúvida amanhã: ênclise ou próclise?, o habitual é a conjunção pois ser mais usada com próclise (ex.: O resultado foi satisfatório, pois se conseguiu atingir o objetivo).