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colares

A forma colarespode ser [masculino plural de colarcolar], [segunda pessoa singular do futuro do conjuntivo de colarcolar], [segunda pessoa singular infinitivo flexionado de colarcolar] ou [nome masculino de dois números].

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colarescolares
( co·la·res

co·la·res

)


nome masculino de dois números

[Enologia] [Enologia] Vinho da região de Colares, no distrito português de Lisboa.

etimologiaOrigem etimológica:Colares, topónimo [freguesia portuguesa do concelho de Sintra].
colar1colar1
( co·lar

co·lar

)
Imagem

Ornato para trazer ao pescoço.


nome masculino

1. Ornato para trazer ao pescoço.Imagem

2. Insígnia de certas ordens.

3. Gola, colarinho.Imagem

4. Plumagem de diferente cor no pescoço das aves.

5. [Figurado] [Figurado] Jugo; sujeição.


colar cervical

[Medicina] [Medicina]  Aparelho ortopédico usado sobre o pescoço para tratar de dores, traumatismos na zona cervical ou impedir movimentos da espinha dorsal e suportar a cabeça (ex.: colar cervical semi-rígido).

etimologiaOrigem etimológica:latim collare, -is, coleira.
colar2colar2
( co·lar

co·lar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Pegar ou unir com cola.

2. Juntar cola para dar consistência.

3. Ajustar, ligar.

4. Aplicar sobre.

5. [Informática] [Informática] Inserir texto ou outro conteúdo copiado para a área de transferência.

6. [Jogos] [Jogos] Encostar à tabela (a bola do bilhar).

7. [Enologia] [Enologia] Clarificar o vinho com cola.


verbo transitivo e pronominal

8. Pôr ou ficar muito perto de algo (ex.: colou as costas à parede; colou-se ao carro da frente). = ENCOSTAR


verbo intransitivo

9. Assentar, ficar, adaptar-se.

10. [Informal] [Informal] Ser considerado verdadeiro ou digno de crédito (ex.: a história que ele conta não cola). = PEGAR


verbo transitivo e intransitivo

11. [Brasil] [Brasil] Fazer uso de cola, de apontamento fraudulento como auxílio em testes ou exames. (Equivalente no português de Portugal: cabular.)

etimologiaOrigem etimológica:cola + -ar.
colar3colar3
( co·lar

co·lar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Conferir benefício eclesiástico.

2. Dar posse em emprego, cargo ou função. = INVESTIR

3. [Brasil] [Brasil] Receber grau académico.

etimologiaOrigem etimológica:latim coll[atio, -onis] reunião, encontro, embate, contribuição + -ar.

Auxiliares de tradução

Traduzir "colares" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



É possível utilizar a palavra coleccionismo? Qual a justificação para não se poder utilizar?
Não há qualquer motivo para não poder utilizar coleccionismo. Este substantivo, que designa a actividade de coleccionar, está correctamente formado (da raiz latina collectio, -onis "colecção" + sufixo -ismo) e surge registado em muitos dicionários de língua.



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.