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canhão

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canhãocanhão
( ca·nhão

ca·nhão

)
Imagem

ArmamentoArmamento

Peça de artilharia.


nome masculino

1. [Armamento] [Armamento] Peça de artilharia.Imagem

2. [Vestuário] [Vestuário] Extremidade aberta de certas partes de peças de vestuário (ex.: canhão da luva, canhão da manga).

3. Extremidade da bota que rodeia a perna.

4. [Ornitologia] [Ornitologia] Parte oca das penas das aves.

5. [Serralharia] [Serralharia] Peça cilíndrica da fechadura em que entra a chave.

6. [Equitação] [Equitação] Peça dos freios à gineta.

7. [Geologia] [Geologia] Passagem estreita e profunda entre montanhas ou montes, geralmente cavada por um curso de água; vale muito encaixado (ex.: canhão do Colorado). = DESFILADEIRO, ESTREITO, GARGANTA

8. [Maçonaria] [Maçonaria] Copo.

9. [Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] Mulher que exerce a prostituição. = PROSTITUTA

10. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Cigarro com grande quantidade de haxixe ou marijuana.

11. [Ornitologia] [Ornitologia] Cada uma das penas mais grossas da asa. (Mais usado no plural.)


canhão sem recuo

[Armamento] [Armamento]  Peça de artilharia portátil, composta por um tubo com cerca de um metro de comprimento e 84 milímetros de calibre, duas pegas e um apoio para o ombro, que liberta parte dos gases propulsores pela parte traseira quando é disparada.

canhão submarino

[Geologia] [Geologia]  Depressão estreita, profunda e comprida no fundo do mar (ex.: canhão submarino da Nazaré).

etimologiaOrigem etimológica:espanhol cañón.

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Sobre a conjugação do verbo ‘trazer’, no futuro do indicativo, tenho a seguinte dúvida:
(1) Trar-se-ão a Portugal.
ou
(2) Trazer-se-ão a Portugal.
Será que a primeira hipótese está correcta? Não consigo encontrar qualquer tipo de referência, no entanto surge-me intuitivamente.
O verbo trazer é irregular, nomeadamente, para o caso que nos interessa, nas formas do futuro do indicativo: trará, trarás, traremos, trareis, trarão (se se tratasse de um verbo regular, as formas seriam *trazerei, ..., *trazerão [o asterisco indica forma incorrecta]).

Quando é necessário utilizar um pronome pessoal átono (ex.: me, o, se) nas formas do futuro do indicativo (ex.: telefonará) ou do condicional (ex.: encontraria), este pronome é inserido entre o radical e a desinência do verbo (ex.: telefonará + me = telefonar-me-á; encontraria + o = encontrá-lo-ia).

Como se trata da flexão irregular trarão, a forma correcta com o pronome deverá ser trar-se-ão e não *trazer-se-ão, que é uma forma incorrecta.




Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.