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tararas

t. | abrev.

Abreviatura de tara....


retornável | adj. 2 g.

De que se pode retornar ou voltar atrás (ex.: caminho retornável; viagem retornável)....


peso | n. m.

Qualidade do que é pesado....


panca | n. f.

Alavanca feita de madeira....


tarará | n. m.

Voz imitativa do som da trombeta....


taro | n. m.

Planta herbácea (Colocasia esculenta), da família das aráceas, cultivada pelo seu rizoma tuberoso comestível....


caçamba | n. f.

Cada um dos vasos que tiram a água da nora....


inhame | n. m.

Designação dada a várias plantas da família das aráceas, de raiz farinhenta....


taradice | n. f.

Acto, dito ou comportamento próprio de tarado....


tarado | adj. | adj. n. m.

Marcado com o peso da tara....


tara | n. f.

Peso de recipiente ou continente vazio, sem o produto que pode conter (ex.: para obter o peso real da mercadoria, é preciso deduzir a tara do peso bruto)....


tarar | v. tr.

Pesar vasilhas, sacos ou veículos vazios para descontar o seu peso no dos géneros que transportam....


tarear | v. tr.

Dar tareia em....


calibragem | n. f.

Acto de escolher os grãos de trigo, por meio de crivos ou tararas....


bruto | adj. n. m. | adj. | n. m. pl.

Que ou quem mostra pouca educação ou pouca delicadeza....


pancada | n. f. | adj. 2 g. n. 2 g.

Acção ou efeito de chocar ou de embater....


tarata | n. m.

Soldado, magala....


tarara | n. f.

Equipamento, dotado de ventilação e de uma bandeja oscilante, que limpa os cereais, separando as cascas leves do grão debulhado....



Dúvidas linguísticas



É possível utilizar a palavra coleccionismo? Qual a justificação para não se poder utilizar?
Não há qualquer motivo para não poder utilizar coleccionismo. Este substantivo, que designa a actividade de coleccionar, está correctamente formado (da raiz latina collectio, -onis "colecção" + sufixo -ismo) e surge registado em muitos dicionários de língua.



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.


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