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ressecção

ressectivo | adj.

Relativo a ressecção, à remoção de parte de órgão ou tecido por meio de cirurgia (ex.: procedimento cirúrgico ressectivo)....


gastrectomia | n. f.

Ressecção de todo ou somente de uma parte do estômago....


ressecção | n. f.

Acção de extrair através de cirurgia (ex.: ressecção de um tumor)....


tarsectomia | n. f.

Ressecção, total ou parcial, dos ossos do tarso....


Procedimento médico que combina a exploração do interior de certos órgãos ou cavidades do corpo humano com o uso de ultra-sons (ex.: ressecção por ecoendoscopia)....


Instrumento óptico e cirúrgico que permite realizar procedimentos cirúrgicos dentro de uma cavidade como o útero, com acesso através de um canal (ex.: ressectoscópio ginecológico; ressectoscópio urológico)....


Intervenção cirúrgica realizada com instrumento óptico e cirúrgico que permite realizar procedimentos cirúrgicos dentro de uma cavidade como o útero, com acesso através de um canal (ex.: ressectoscopia ginecológica; ressectoscopia urológica)....


hepatectomia | n. f.

Ressecção cirúrgica de uma parte ou da totalidade do fígado....


Ressecção cirúrgica de uma parte do cólon (ex.: hemicolectomia direita)....


colectomia | n. f.

Ressecção cirúrgica de uma parte ou da totalidade do cólon....


cistectomia | n. f.

Ressecção de parte ou da totalidade da bexiga....


Ressecção de parte da túnica interna de uma artéria....


Ressecção de parte da túnica interna de uma artéria para remoção de coágulos sanguíneos....


Ressecção ou remoção de uma artéria ou de um segmento de artéria....


flebectomia | n. f.

Ressecção ou remoção de uma veia ou de um segmento de veia....


venectomia | n. f.

Ressecção ou remoção de uma veia ou de um segmento de veia....


arterectomia | n. f.

Ressecção ou remoção de uma artéria ou de um segmento de artéria....


ressecar | v. tr.

Fazer a ressecção de; extrair cirurgicamente (ex.: ressecar um tumor)....



Dúvidas linguísticas



Sobre a conjugação do verbo ‘trazer’, no futuro do indicativo, tenho a seguinte dúvida:
(1) Trar-se-ão a Portugal.
ou
(2) Trazer-se-ão a Portugal.
Será que a primeira hipótese está correcta? Não consigo encontrar qualquer tipo de referência, no entanto surge-me intuitivamente.
O verbo trazer é irregular, nomeadamente, para o caso que nos interessa, nas formas do futuro do indicativo: trará, trarás, traremos, trareis, trarão (se se tratasse de um verbo regular, as formas seriam *trazerei, ..., *trazerão [o asterisco indica forma incorrecta]).

Quando é necessário utilizar um pronome pessoal átono (ex.: me, o, se) nas formas do futuro do indicativo (ex.: telefonará) ou do condicional (ex.: encontraria), este pronome é inserido entre o radical e a desinência do verbo (ex.: telefonará + me = telefonar-me-á; encontraria + o = encontrá-lo-ia).

Como se trata da flexão irregular trarão, a forma correcta com o pronome deverá ser trar-se-ão e não *trazer-se-ão, que é uma forma incorrecta.




Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.


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