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rabela

chileira | n. f.

Pequeno sobrado no barco rabelo, junto à proa....


escamões | n. m. pl.

Cavidades que nos barcos rabelos são ligadas por uma tábua e nas quais os tripulantes guardam as provisões para a jornada....


sagro | n. m.

Fundo chato dos barcos rabelos, formado de tabuões de pinho....


cuqueiro | n. m.

Luxento; que gosta de luxo....


rabela | n. f.

Parte posterior do arado, desde a orelha à rabiça....


rabela | n. f.

Dança popular do Douro (Barqueiros)....


rabelho | n. m.

O mesmo que rabelo....


rabiça | n. f.

Rabo do arado que o lavrador empunha quando trabalha com ele para lavrar a terra....


espiadoira | n. f.

Corda presa na vela dos barcos rabelos que permite ao homem do leme ver a proa e dirigir bem a rota....


reclame | n. m.

Buraco, no alto dos mastros dos barcos rabelos, onde passa uma corda....


rebelo | adj. n. m.

Diz-se de ou barco à vela do rio Douro, com fundo chato e vela quadrangular, sem quilha e de leme comprido e grosso, em forma de pá ou remo....


rabelo | n. m. | adj. n. m. | adj.

Braço do arado que o lavrador empunha quando trabalha com ele para lavrar a terra....


rabão | adj. | n. m.

Que tem o rabo curto ou cortado....


orelheira | n. f.

Cada um dos dois paus que, no arado, são colocados obliquamente em relação ao dental ou à rabela, e que servem para alargar o sulco feito pela relha....



Dúvidas linguísticas



É possível utilizar a palavra coleccionismo? Qual a justificação para não se poder utilizar?
Não há qualquer motivo para não poder utilizar coleccionismo. Este substantivo, que designa a actividade de coleccionar, está correctamente formado (da raiz latina collectio, -onis "colecção" + sufixo -ismo) e surge registado em muitos dicionários de língua.



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.


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