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ponta

Que é alto e termina em ponta (estando por isso exposto aos raios)....


acuminado | adj.

Diz-se das folhas, brácteas, etc., cuja extremidade tem uma ponta alongada e aguda....


andó | adj. 2 g.

Designativo da barba em ponta....


Que termina em dois ramos ou pontas....


boto | adj.

Que perdeu o gume ou a ponta, não podendo por isso cortar ou furar como antes....


Que tem dois esporões ou pontas cónicas....


caroupo | adj.

Diz-se do boi que tem as pontas viradas para cima e para o lado....


Cujas pontas estão em sentido contrário....


decumbente | adj. 2 g.

Que está inclinado ou voltado para o solo, por onde se prolonga, mantendo a ponta virada para cima (ex.: caule decumbente)....


cumbuco | adj.

Cujas pontas (dos chifres) estão voltadas para dentro....


fastigiado | adj.

Que é alto e termina geralmente em ponta (ex.: árvore de copa fastigiada)....


floreteado | adj.

Que tem ponta aguda como o florete....


Diz-se do touro que tem as hastes brancas com ponta negra....


lanceolado | adj.

Que tem o limbo estreito e comprido e termina numa ponta estreita (ex.: folhas lanceoladas)....


mucronado | adj.

Terminado em ponta aguda e recta....


mútico | adj.

Sem aresta ou ponta distinta....


perfurante | adj. 2 g.

Que termina em ponta aguçada ou que pode provocar ferida cuja profundidade é maior que o diâmetro de sua superfície (ex.: instrumento perfurante)....



Dúvidas linguísticas



Sobre a conjugação do verbo ‘trazer’, no futuro do indicativo, tenho a seguinte dúvida:
(1) Trar-se-ão a Portugal.
ou
(2) Trazer-se-ão a Portugal.
Será que a primeira hipótese está correcta? Não consigo encontrar qualquer tipo de referência, no entanto surge-me intuitivamente.
O verbo trazer é irregular, nomeadamente, para o caso que nos interessa, nas formas do futuro do indicativo: trará, trarás, traremos, trareis, trarão (se se tratasse de um verbo regular, as formas seriam *trazerei, ..., *trazerão [o asterisco indica forma incorrecta]).

Quando é necessário utilizar um pronome pessoal átono (ex.: me, o, se) nas formas do futuro do indicativo (ex.: telefonará) ou do condicional (ex.: encontraria), este pronome é inserido entre o radical e a desinência do verbo (ex.: telefonará + me = telefonar-me-á; encontraria + o = encontrá-lo-ia).

Como se trata da flexão irregular trarão, a forma correcta com o pronome deverá ser trar-se-ão e não *trazer-se-ão, que é uma forma incorrecta.




Escreve-se ei-la ou hei-la?
A forma correcta é ei-la.

A palavra eis é tradicionalmente classificada como um advérbio e parece ser o único caso, em português, de uma forma não verbal que se liga por hífen aos clíticos. Como termina em -s, quando se lhe segue o clítico o ou as flexões a, os e as, este apresenta a forma -lo, -la, -los, -las, com consequente supressão de -s (ei-lo, ei-la, ei-los, ei-las).

A forma hei-la poderia corresponder à flexão da segunda pessoa do plural do verbo haver no presente do indicativo (ex.: vós heis uma propriedade > vós hei-la), mas esta forma, a par da forma hemos, já é desusada no português contemporâneo, sendo usadas, respectivamente, as formas haveis e havemos. Vestígios destas formas estão presentes na formação do futuro do indicativo (ex.: nós ofereceremos, vós oferecereis, nós oferecê-la-emos, vós oferecê-la-eis; sobre este assunto, poderá consultar a resposta mesóclise).

Pelo que acima foi dito, e apesar de a forma heis poder estar na origem da forma eis (o que pode explicar o facto de o clítico se ligar por hífen a uma forma não verbal e de ter um comportamento que se aproxima do de uma forma verbal), a grafia hei-la não pode ser considerada regular no português contemporâneo, pelo que o seu uso é desaconselhado.


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