PT
BR
Pesquisar
Definições



Pesquisa nas Definições por:

pelintra

pelintrice | n. f.

Acto, dito ou comportamento de pelintra....


pilantra | n. 2 g.

Pessoa que aparenta ser mais do que é; pelintra....


pilantragem | n. f.

Atitude ou acto próprio de pelintra....


valdevinos | n. m. 2 núm.

Indivíduo que gosta de vida boémia....


bilontra | n. m.

Pelintra que se dá ares de importância para calotear ou enganar....


pobretão | n. m.

Indivíduo muito pobre....


bandalho | n. m.

Pessoa sem vergonha, cujo comportamento é desprezível....


pelintra | adj. 2 g. n. 2 g. | adj. 2 g.

Que ou quem é pobre ou malvestido....


flautista | adj. 2 g. n. 2 g. | n. 2 g.

Que ou quem toca flauta....


farroupilha | n. 2 g. | adj. 2 g. n. 2 g.

Pessoa esfarrapada ou andrajosa....


safardana | n. m.

Indivíduo desprezível ou sem importância....


apelintrar | v. tr. e pron.

Tornar(-se) pelintra....



Dúvidas linguísticas



É indiferente a utilização indistinta dos verbos levantar e alevantar, rebentar e arrebentar?
As palavras que referiu são sinónimas duas a duas (alevantar = levantar, arrebentar = rebentar), sendo as formas iniciadas por a- variantes formadas pela adjunção do prefixo protético a-, sem qualquer alteração de sentido. A estas palavras podem juntar-se outros pares, como ajuntar/juntar, amostrar/mostrar, arrecuar/recuar, assoprar/soprar, ateimar/teimar, etc.

As formas com o elemento protético a- são geralmente consideradas mais informais ou características do discurso oral, devendo por isso ser evitadas em contextos que requerem alguma formalidade ou em que se quer evitar formas menos consensuais.

Apesar deste facto, não podemos fazer uma generalização destes casos para o uso do prefixo, uma vez que o prefixo a- pode ter outros valores, como os de aproximação, mudança (ex.: abaixo < a- + baixo, acertar < a- + certo + -ar) ou de privação, negação (ex.: atemporal < a- + temporal, assexuado < a- + sexuado), em que já não se trata de variação, mas de derivação.




Escreve-se ei-la ou hei-la?
A forma correcta é ei-la.

A palavra eis é tradicionalmente classificada como um advérbio e parece ser o único caso, em português, de uma forma não verbal que se liga por hífen aos clíticos. Como termina em -s, quando se lhe segue o clítico o ou as flexões a, os e as, este apresenta a forma -lo, -la, -los, -las, com consequente supressão de -s (ei-lo, ei-la, ei-los, ei-las).

A forma hei-la poderia corresponder à flexão da segunda pessoa do plural do verbo haver no presente do indicativo (ex.: vós heis uma propriedade > vós hei-la), mas esta forma, a par da forma hemos, já é desusada no português contemporâneo, sendo usadas, respectivamente, as formas haveis e havemos. Vestígios destas formas estão presentes na formação do futuro do indicativo (ex.: nós ofereceremos, vós oferecereis, nós oferecê-la-emos, vós oferecê-la-eis; sobre este assunto, poderá consultar a resposta mesóclise).

Pelo que acima foi dito, e apesar de a forma heis poder estar na origem da forma eis (o que pode explicar o facto de o clítico se ligar por hífen a uma forma não verbal e de ter um comportamento que se aproxima do de uma forma verbal), a grafia hei-la não pode ser considerada regular no português contemporâneo, pelo que o seu uso é desaconselhado.


Ver todas