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palmeira

palmáceo | adj.

Semelhante a uma palma ou a uma palmeira....


açaizeiro | n. m.

Palmeira (Euterpe oleracea) de caule anelado, cujo fruto é o açaí....


bandarim | n. m.

Indivíduo que, na Índia, se ocupa em extrair a sura das palmeiras....


arequeira | n. f.

Palmeira das regiões quentes do Antigo Continente cujo fruto é uma amêndoa chamada noz-de-areca, empregada como masticatório e de onde se extrai o cauchu....


batição | n. f.

Acto de bater ou golpear as fibras da palmeira piaçaba antes de as cortar, geralmente para afastar insectos ou outros animais que se possam esconder nelas....


cajuri | n. m.

Espécie de palmeira....


gamuta | n. f.

Fio tirado da palmeira das Molucas empregado no fabrico de cordas e obras de espartaria....


palmeirim | n. m.

Peregrino que trazia uma palma ou palmito na mão....


palmito | n. m.

Ramo de palmeira....


palmácea | n. f.

Planta semelhante a uma palmeira....


palmatória | n. f.

Instrumento com que se castiga batendo na palma da mão....


penão | n. m.

Ponteiro ou estilo com que se escrevia em folhas de palmeira....


purumã | n. m.

Espécie de palmeira....


sagueiro | n. m.

Designação comum a várias palmeiras do género Metroxylon....


sagum | n. m.

Fécula que se extrai da medula de várias palmeiras, usada como alimento....


sabal | n. f.

Espécie de palmeira....


tucum | n. m.

Espécie de palmeira de que se extrai excelente fibra....



Dúvidas linguísticas



É indiferente a utilização indistinta dos verbos levantar e alevantar, rebentar e arrebentar?
As palavras que referiu são sinónimas duas a duas (alevantar = levantar, arrebentar = rebentar), sendo as formas iniciadas por a- variantes formadas pela adjunção do prefixo protético a-, sem qualquer alteração de sentido. A estas palavras podem juntar-se outros pares, como ajuntar/juntar, amostrar/mostrar, arrecuar/recuar, assoprar/soprar, ateimar/teimar, etc.

As formas com o elemento protético a- são geralmente consideradas mais informais ou características do discurso oral, devendo por isso ser evitadas em contextos que requerem alguma formalidade ou em que se quer evitar formas menos consensuais.

Apesar deste facto, não podemos fazer uma generalização destes casos para o uso do prefixo, uma vez que o prefixo a- pode ter outros valores, como os de aproximação, mudança (ex.: abaixo < a- + baixo, acertar < a- + certo + -ar) ou de privação, negação (ex.: atemporal < a- + temporal, assexuado < a- + sexuado), em que já não se trata de variação, mas de derivação.




Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.


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