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padrão

parecido | adj.

Que tem características comuns ou parecenças (ex.: aquelas casas são parecidas; o filho é muito parecido com o pai; este caso é parecido ao vosso; os tecidos são parecidos no padrão, mas não na cor)....


Que obedece a ou segue um padrão....


randómico | adj.

Que depende do acaso ou de variáveis imprevisíveis....


Que apresenta um padrão que se vai alterando, semelhante a um caleidoscópio....


subóptimo | adj.

Que não atinge a mais alta qualidade; que corresponde a um padrão abaixo de óptimo (ex.: o desempenho ainda está num nível subóptimo)....


Que usa variações de cores ou de padrões para indicar a distribuição de dados ou de um fenómeno (ex.: carta coroplética; mapa coroplético)....


óptimo | adj. | adv.

Que tem a mais alta qualidade; que corresponde ao padrão mais elevado (ex.: o desempenho está a atingir o nível óptimo)....


monomodal | adj. 2 g.

Que apresenta uma curva de frequência com um pico, em estatística (ex.: distribuição monomodal; padrão monomodal)....


medida | n. f.

Quantidade fixa que serve para avaliar extensões ou quantidades mensuráveis....


protótipo | n. m.

Primeiro tipo ou primeiro exemplar....


quadrado | adj. | n. m.

Cujas cores estão dispostas em quadrados alternados (ex.: padrão aos quadrados; tecido aos quadrados)....


cibercultura | n. f.

Conjunto de aspectos e padrões culturais relacionados com a Internet e a comunicação em redes de computadores....


trapologia | n. f.

Técnica para fazer peças a partir de pedaços de tecido de cores ou padrões diferentes, cosendo-os uns nos outros....


kilt | n. m.

Saia de pregas, em tecido de lã e com padrão axadrezado, característica do traje típico escocês masculino....


cultura | n. f.

Acto, modo ou efeito de cultivar....


estalão | n. m.

Craveira; medida; padrão....


paradigma | n. m.

Algo que serve de exemplo geral ou de modelo....



Dúvidas linguísticas



Sobre a conjugação do verbo ‘trazer’, no futuro do indicativo, tenho a seguinte dúvida:
(1) Trar-se-ão a Portugal.
ou
(2) Trazer-se-ão a Portugal.
Será que a primeira hipótese está correcta? Não consigo encontrar qualquer tipo de referência, no entanto surge-me intuitivamente.
O verbo trazer é irregular, nomeadamente, para o caso que nos interessa, nas formas do futuro do indicativo: trará, trarás, traremos, trareis, trarão (se se tratasse de um verbo regular, as formas seriam *trazerei, ..., *trazerão [o asterisco indica forma incorrecta]).

Quando é necessário utilizar um pronome pessoal átono (ex.: me, o, se) nas formas do futuro do indicativo (ex.: telefonará) ou do condicional (ex.: encontraria), este pronome é inserido entre o radical e a desinência do verbo (ex.: telefonará + me = telefonar-me-á; encontraria + o = encontrá-lo-ia).

Como se trata da flexão irregular trarão, a forma correcta com o pronome deverá ser trar-se-ão e não *trazer-se-ão, que é uma forma incorrecta.




Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.


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