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Dúvidas linguísticas
trar-se-ão ou trazer-se-ão?
Sobre a conjugação do verbo ‘trazer’, no futuro do indicativo, tenho a seguinte dúvida:
(1)
Trar-se-ão a Portugal.
ou
(2)
Trazer-se-ão a Portugal
.
Será que a primeira hipótese está correcta? Não consigo encontrar qualquer tipo de referência, no entanto surge-me intuitivamente.
O verbo
trazer
é irregular, nomeadamente, para o caso que nos interessa, nas formas do futuro do indicativo:
trará, trarás, traremos, trareis, trarão
(se se tratasse de um verbo regular, as formas seriam
*trazerei, ..., *trazerão
[o asterisco indica forma incorrecta]).
Quando é necessário utilizar um pronome pessoal átono (ex.:
me, o, se
) nas formas do futuro do indicativo (ex.:
telefonará
) ou do condicional (ex.:
encontraria
), este pronome é inserido entre o radical e a desinência do verbo (ex.:
telefonará + me
=
telefonar-me-á; encontraria + o = encontrá-lo-ia
).
Como se trata da flexão irregular
trarão
, a forma correcta com o pronome deverá ser
trar-se-ão
e não *
trazer-se-ão
, que é uma forma incorrecta.
etimologia de Bustelo, Gondar e Trofa
Tenho verificado a existência, ao longo do país , de repetição de topónimos; por exemplo:
Trofa
,
Gondar
,
Bustelo
. Qual é a etimologia dessas palavras?
Segundo o
Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa
(3.ª ed., Lisboa: Livros Horizonte, 3 vol., 2003), de José Pedro Machado, o topónimo
Bustelo
, muito frequente em Portugal e na Galiza, talvez seja diminutivo de
busto
‘campo de pastagem’. Quanto a
Gondar
, o autor aventa a hipótese de provir de uma hipotética forma gótica (ou goda)
Gunthi-harjis
‘exército para combate’. Por fim, o topónimo
Trofa
é de origem obscura.
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Palavra do dia
gil-mendes
gil-mendes
(
gil·-men·des
gil·-men·des
)
nome masculino de dois números
[
Botânica
]
[
Botânica
]
Variedade de pêssego de pele branca e polpa açucarada.
Origem etimológica:
Gil Mendes
,
antropónimo
.