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espádua

atavanado | adj.

Diz-se do cavalo preto ou escuro, com pintas brancas nas ancas ou nas espáduas....


caluga | n. f.

Cachaço e espádua do porco....


escápula | n. f.

Prego de cabeça revirada....


larcão | n. m.

Carne de porco tirada entre o chispe e a parte mais gorda da espádua....


ambe | n. f.

Instrumento que a antiga cirurgia aplicava na redução das luxações da espádua....


garrote | n. m.

Parte do corpo dos grandes quadrúpedes, acima da espádua, na base do pescoço....


ombro | n. m.

Cada uma das duas partes do tronco humano onde o braço se une às costas, junto à clavícula e à omoplata (ex.: lesão no ombro esquerdo)....


presunto | n. m.

Perna ou espádua posterior do porco, depois de salgada e curada....


cernelha | n. f.

Parte do animal onde se unem as espáduas....


vaqueira | n. f.

Carne que cobre as vértebras lombares, costelas, espáduas e parte do pescoço do animal....


paleta | n. f. | n. m.

Parte mais alta e grossa dos membros dianteiros de um animal ou dos membros superiores de um humano; espádua ou omoplata de animal ou de pessoa....


espalda | n. f.

Espádua, ombro....


despaletar | v. tr.

Deslocar a paleta ou espádua do animal, quando é laçado....


espaduar | v. tr. | v. intr.

Deslocar a espádua....


espaldeirar | v. tr. | v. pron.

Partir uma espádua ou o espinhaço....


agulha | n. f. | n. m.

Parte do animal onde se unem as espáduas....


paletada | n. f.

Pancada com espádua ou omoplata de animal ou de pessoa....



Dúvidas linguísticas



Sobre a conjugação do verbo ‘trazer’, no futuro do indicativo, tenho a seguinte dúvida:
(1) Trar-se-ão a Portugal.
ou
(2) Trazer-se-ão a Portugal.
Será que a primeira hipótese está correcta? Não consigo encontrar qualquer tipo de referência, no entanto surge-me intuitivamente.
O verbo trazer é irregular, nomeadamente, para o caso que nos interessa, nas formas do futuro do indicativo: trará, trarás, traremos, trareis, trarão (se se tratasse de um verbo regular, as formas seriam *trazerei, ..., *trazerão [o asterisco indica forma incorrecta]).

Quando é necessário utilizar um pronome pessoal átono (ex.: me, o, se) nas formas do futuro do indicativo (ex.: telefonará) ou do condicional (ex.: encontraria), este pronome é inserido entre o radical e a desinência do verbo (ex.: telefonará + me = telefonar-me-á; encontraria + o = encontrá-lo-ia).

Como se trata da flexão irregular trarão, a forma correcta com o pronome deverá ser trar-se-ão e não *trazer-se-ão, que é uma forma incorrecta.




Nota-se hoje alguma tendência para se inutilizar as regras do discurso indirecto. Nos textos jornalísticos sobretudo, hoje quase que ninguém mais respeita os comandos gramáticos regedores do discurso indirecto. Muitos inclusive argumentam tratar-se de normas "ultrapassadas". Daí vermos frequentemente frases do tipo O ministro X prometeu que o seu governo vai/irá cumprir os prazos/irá cumprir, ao invés de ia/iria cumprir, como manda a Gramática conhecida até hoje. De que lado estará então a correcção? Ou seja, as normas do discurso indirecto enunciadas nas diferentes gramáticas ainda valem ou deixaram de valer?
As chamadas regras para transformar o discurso directo em discurso indirecto mantêm-se, e têm na Nova Gramática do Português Contemporâneo (14.ª ed., Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, pp. 629-637) uma sistematização bastante completa.
No entanto, o discurso indirecto livre parece estar a ser cada vez mais usado na imprensa, consciente ou inconscientemente.

Esta forma de discurso é muito usada na oralidade e em textos literários que pretendem diminuir a distância entre o narrador e o discurso relatado e tem como característica exactamente a fusão do discurso directo com o discurso indirecto.
Disso é exemplo a frase apontada (O ministro X prometeu que o seu governo vai/irá cumprir os prazos), em que o início tem claramente características de discurso indirecto, como o enunciado na 3.ª pessoa (O ministro X prometeu) ou a oração subordinada integrante dependente de um verbo que indica declaração ou afirmação (prometeu que), e a segunda parte tem claramente características de discurso directo, como o tempo verbal no presente ou no futuro (o seu governo vai/irá cumprir) em vez de no pretérito imperfeito ou no condicional, como seria normal no discurso indirecto (o seu governo ia/iria cumprir).

Para melhor exemplificar a noção de discurso indirecto livre, por contraste com o discurso directo e com o discurso indirecto, colocamos as três frases a seguir.

Discurso directo: O meu governo vai cumprir os prazos.
Discurso indirecto: O ministro X prometeu que o seu governo ia cumprir os prazos.
Discurso indirecto livre: O ministro X prometeu que o seu governo vai cumprir os prazos.


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