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cavalgadura

gradário | adj.

Diz-se da cavalgadura de passo cómodo e sem chouto....


manalvo | adj.

Diz-se da cavalgadura que tem malhas brancas nas mãos....


topinho | adj.

Diz-se da cavalgadura cujo pé tem os quartos e os talões demasiado altos....


alquilé | n. m.

Aluguer (especialmente de cavalgaduras)....


armim | n. m.

Malha de cabelos, no casco da cavalgadura....


arreata | n. f.

Corda ou cabresto com que se puxam ou se atam à manjedoura as cavalgaduras....


arrieiro | n. m.

Peão que acompanha cavalgaduras de alquiler....


cambeiro | n. m. | adj.

Diz-se do joelho da cavalgadura quando se afasta muito para fora....


chalante | n. m.

Negociante de cavalgaduras, sem escrúpulos....


congoxa | n. f. | n. f. pl.

Cócegas (que sentem algumas cavalgaduras quando se lhes aperta a cilha)....


Chaga nas quartelas das cavalgaduras, proveniente do atrito dos arreios....


encalho | n. m.

Parte da ferradura em que descansa o casco da cavalgadura....


facaneia | n. f.

Cavalgadura de porte regular, mansa e elegante....


matadura | n. f.

Ferida que o roçar dos arreios causa à cavalgadura....


ossinho | n. m.

Exostose na canela ou no pé da cavalgadura....


ova | n. f. | n. f. pl.

Tumores moles nas cavalgaduras....


palhada | n. f.

Mistura de palha com farelo para sustento das cavalgaduras e outros animais....


resenho | n. m.

Sinal ou marca (em cavalgadura)....



Dúvidas linguísticas



Sobre a conjugação do verbo ‘trazer’, no futuro do indicativo, tenho a seguinte dúvida:
(1) Trar-se-ão a Portugal.
ou
(2) Trazer-se-ão a Portugal.
Será que a primeira hipótese está correcta? Não consigo encontrar qualquer tipo de referência, no entanto surge-me intuitivamente.
O verbo trazer é irregular, nomeadamente, para o caso que nos interessa, nas formas do futuro do indicativo: trará, trarás, traremos, trareis, trarão (se se tratasse de um verbo regular, as formas seriam *trazerei, ..., *trazerão [o asterisco indica forma incorrecta]).

Quando é necessário utilizar um pronome pessoal átono (ex.: me, o, se) nas formas do futuro do indicativo (ex.: telefonará) ou do condicional (ex.: encontraria), este pronome é inserido entre o radical e a desinência do verbo (ex.: telefonará + me = telefonar-me-á; encontraria + o = encontrá-lo-ia).

Como se trata da flexão irregular trarão, a forma correcta com o pronome deverá ser trar-se-ão e não *trazer-se-ão, que é uma forma incorrecta.




A minha dúvida é a respeito da etimologia de determinadas palavras cuja raiz é de origem latina, por ex. bondade, sensibilidade, depressão, etc. No Dicionário Priberam elas aparecem com a terminação nominativa mas noutros dicionários parece-me que estão na terminação ablativa e não nominativa. Gostaria que me esclarecessem.
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa regista, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas que são normalmente enunciadas na forma do nominativo, seguida do genitivo: bonitas, bonitatis (ou bonitas, -atis); sensibilitas, sensibilitatis (ou sensibilitas, -atis) e depressio, depressionis (ou depressio, -onis).

Noutros dicionários gerais de língua portuguesa, é muito usual o registo da etimologia latina através da forma do acusativo sem a desinência -m (não se trata, como à primeira vista pode parecer, do ablativo). Isto acontece por ser o acusativo o caso lexicogénico, isto é, o caso latino que deu origem à maioria das palavras do português, e por, na evolução do latim para o português, o -m da desinência acusativa ter invariavelmente desaparecido. Assim, alguns dicionários registam, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas bonitate, sensibilitate e depressione, que foram extrapoladas, respectivamente, dos acusativos bonitatem, sensibilitatem e depressionem.

Esta opção de apresentar o acusativo apocopado pode causar alguma perplexidade nos consulentes dos dicionários, que depois não encontram estas formas em dicionários de latim. Alguns dicionários optam por assinalar a queda do -m, colocando um hífen no final do étimo latino (ex.: bonitate-, sensibilitate-, depressione-). Outros, mais raros, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa optaram por enunciar os étimos latinos (ex.: bonitas, -atis; sensibilitas, -atis, depressio, -onis), não os apresentando como a maioria dos dicionários; o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa não enuncia o étimo latino dos verbos, referenciando apenas a forma do infinitivo (ex.: fazer < facere; sentir < sentire).


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