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adágio

adagial | adj. 2 g.

De adágio; como adágio....


lento | adj. | adv.

Num movimento mais vagaroso que o adágio....


Quem se obstina em alguma coisa acaba por vencer; corresponde ao nosso adágio: Quem porfia mata caça....


Corresponde ao nosso adágio: «Quem é o teu inimigo? O oficial do mesmo ofício»....


Adágio de jurisprudência, segundo o qual o testemunho de uma só pessoa não basta para estabelecer juridicamente a verdade de um facto....


Adágio que atribui inspiração divina às manifestações instintivas do sentimento popular....


ditado | n. m.

Adágio, rifão....


sinfonia | n. f.

Composição para orquestra, geralmente dividida em três ou quatro partes: alegro, andante ou adágio, minuete ou scherzo e rondó ou alegro vivo....


adágio | n. m.

Espécie de provérbio que recorda com seriedade o que é usual....


anexim | n. m.

Dito sentencioso em linguagem popular....


rifão | n. m.

Provérbio; anexim; adágio....


gnome | n. f.

Sentença moral muito breve....


gnoma | n. f.

Sentença moral muito breve....


sonata | n. f.

Peça de música instrumental composta, em geral, de um alegro, um adágio ou andante e um final movimentado....


adágio | n. m.

Trecho musical de andamento vagaroso....


cantábile | adj. 2 g. n. m.

Diz-se de ou movimento não tão lento como o adágio....


largo | adj. n. m. | adv.

Diz-se de ou andamento executado devagar, entre o adágio e o alegro....



Dúvidas linguísticas



Sobre a conjugação do verbo ‘trazer’, no futuro do indicativo, tenho a seguinte dúvida:
(1) Trar-se-ão a Portugal.
ou
(2) Trazer-se-ão a Portugal.
Será que a primeira hipótese está correcta? Não consigo encontrar qualquer tipo de referência, no entanto surge-me intuitivamente.
O verbo trazer é irregular, nomeadamente, para o caso que nos interessa, nas formas do futuro do indicativo: trará, trarás, traremos, trareis, trarão (se se tratasse de um verbo regular, as formas seriam *trazerei, ..., *trazerão [o asterisco indica forma incorrecta]).

Quando é necessário utilizar um pronome pessoal átono (ex.: me, o, se) nas formas do futuro do indicativo (ex.: telefonará) ou do condicional (ex.: encontraria), este pronome é inserido entre o radical e a desinência do verbo (ex.: telefonará + me = telefonar-me-á; encontraria + o = encontrá-lo-ia).

Como se trata da flexão irregular trarão, a forma correcta com o pronome deverá ser trar-se-ão e não *trazer-se-ão, que é uma forma incorrecta.




Na frase "Quem encontrou uns óculos no banheiro, favor entregar ao setor de Meio Ambiente", a dúvida é se posso colocar uns óculos, mesmo possuindo um único par de óculos perdidos.
A concordância uns óculos está correcta e *um óculos é um erro a evitar (o asterisco indica agramaticalidade).

O exemplo apontado (óculos) é um caso de pluralia tantum (‘apenas plural’), designação latina dada a palavras ou expressões que correspondem a um plural gramatical, mas que designam um objecto ou referente singular, normalmente formado por duas partes mais ou menos simétricas (outros exemplos serão binóculos ou calças). Com estas palavras tem de haver sempre concordância com a terceira pessoa do plural (ex.: os binóculos partidos estão em cima da mesa; as calças rasgadas foram cosidas), pois gramaticalmente são substantivos no plural, mesmo se designam uma realidade única; é também frequente nestes casos o uso do numeral colectivo par de, o que permite fazer concordâncias no singular (ex.: o par de binóculos partidos/partido está em cima da mesa; o par de calças rasgadas/rasgado foi cosido).

A hesitação na utilização da palavra óculos parece resultar de dois factores. O primeiro factor relaciona-se com a influência de um fenómeno relativamente comum no português do Brasil, que consiste na preferência do singular para designar um referente composto por duas peças (ex.: Comprei uma calça nova; Está usando sandália importada), sem que a interpretação implique apenas um elemento do par (repare-se no entanto que as formas *uma calças / *umas calça e *uma sandálias / *umas sandália são incorrectas, como indica o asterisco). O segundo factor, como refere Cláudio Moreno em O Prazer das Palavras (Porto Alegre, RBS Publicações, 2004, p. 122), relaciona-se com o facto de óculos não ser entendido como plural de óculo e ser confundido com um substantivo de dois números (isto é, que tem a mesma forma para o singular e para o plural) terminado em -s, como lápis (ex.: Comprei um lápis novo; Está usando lápis importados). Estes dois factores conjugam-se na construção de estruturas erradas como *meu óculos escuro.


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