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fraca

A forma fracapode ser [feminino singular de fracofraco] ou [nome feminino].

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fracafraca
( fra·ca

fra·ca

)
Imagem

OrnitologiaOrnitologia

Ave galiforme (Numida meleagris) da família dos numidídeos, de plumagem cinzenta com pontos brancos e cabeça colorida com crista óssea dorsal, originária do continente africano.


nome feminino

[Ornitologia] [Ornitologia] Ave galiforme (Numida meleagris) da família dos numidídeos, de plumagem cinzenta com pontos brancos e cabeça colorida com crista óssea dorsal, originária do continente africano.Imagem = ESTOU-FRACA, GALINHA-D'ANGOLA, GALINHA-DA-ÍNDIA, PINTADA

etimologiaOrigem etimológica:redução de estou-fraca.
fracofraco
( fra·co

fra·co

)


adjectivoadjetivo

1. Que não tem força física (ex.: pernas fracas). = DÉBILFORTE, POSSANTE, POTENTE, ROBUSTO, VIGOROSO

2. Que tem menos força que a regular (ex.: atleta fraco). = DÉBIL, FRÁGILFORTE, POSSANTE, POTENTE, ROBUSTO, VIGOROSO

3. Que não tem as condições necessárias de robustez ou de resistência (ex.: corda fraca). = DÉBIL, FRÁGILFORTE, RIJO, ROBUSTO

4. Sem vigor ou sem energia. = COMBALIDO, DÉBIL, DEBILITADOENÉRGICO, FORTE

5. Que tem pouca consistência ou pouca solidez. = FRÁGIL, QUEBRADIÇOFORTE

6. Sem forças para atacar ou para se defender.

7. Que tem pouca intensidade (ex.: luz fraca). = BRANDO, FROUXO, INSIGNIFICANTEFORTE

8. Que tem pouco volume.FORTE

10. Que vai diminuindo ou esmorecendo; que tem pouco alcance (ex.: som fraco).FORTE

11. Que tem pouca qualidade (ex.: louça fraca; o livro é muito fraco). = MAU, RELES

12. Que é ineficaz ou insuficiente (ex.: acção fraca).FORTE

13. Que tem pouca concentração de algo ou princípio activo menos potente (ex.: café fraco; dose fraca).FORTE

14. Que tem baixo elevado teor alcoólico (ex.: bebida fraca).FORTE

15. Que tem poucos ou nenhuns conhecimentos sobre determinado assunto ou actividade (ex.: sou muito fraco em química).FORTE

16. [Química] [Química] Que, em solução aquosa, se dissocia apenas parcialmente em iões; que tem baixo grau de ionização (ex.: ácido fraco; base fraca).FORTE


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

17. Que ou quem tem pouco poder ou influência (ex.: governante fraco; está habituado a humilhar os fracos).FORTE, PODEROSO

18. Que ou quem não mostra coragem. = COBARDE, PUSILÂNIMECORAJOSO, FORTE, VALENTE


nome masculino

19. O que algo ou alguém tem de menos forte, menos resistente ou menos bom. = BALDA, DEFEITOFORTE, ESPECIALIDADE

20. Tendência ou propensão para algo (ex.: o seu fraco é a tecnologia de último modelo).

21. [Informal] [Informal] Paixão ou grande simpatia (ex.: tem um fraco pelo vizinho). = FRAQUINHO

22. [Jogos] [Jogos] No voltarete, parceiro que compra as cartas em último lugar.

etimologiaOrigem etimológica:latim flaccus, -a, -um, pendente, caído, mole, flácido, que tem orelhas compridas.

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Dúvidas linguísticas



A palavra pròpriamente continua a ser acentuada com acento grave? E visìvelmente?
Em 1973 foram eliminados da ortografia oficial portuguesa os acentos graves e circunflexos nas palavras derivadas com o sufixo -mente (ex.: praticamente, serodiamente, visivelmente) ou com os sufixos iniciados por z (ex.: pezinho, sozinho). Seguindo a hiperligação para o Acordo Ortográfico em vigor para a língua portuguesa de norma europeia, poderá consultar o Decreto-Lei n.º 32/73 na parte final do documento, após o texto do acordo de 1945.



A palavra fim de semana, aparece em todo o lado escrita com hífen, inclusive no vosso dicionário. Contudo, quando estudei a língua portuguesa nas cadeiras da faculdade, foi-nos dado como referência um manual que nos serviu como a Bíblia da Língua Portuguesa: a Nova Gramática do Português Contemporâneo. Esta gramática de Celso Cunha e Lindley Cintra afirma na página 107 que a palavra fim de semana é um exemplo de quando os elementos justapostos conservam a sua "autonomia gráfica", tais como Idade Média e pai de família. Assim sendo, gostaria que me informassem se é correcto a utilização das duas formas, ou se a Nova Gramática já está desactualizada.
O registo de fim-de-semana como palavra hifenizada é feito pela esmagadora maioria das obras de referência do português europeu, nomeadamente o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo GONÇALVES, o Grande Vocabulário da Língua Portuguesa, de José Pedro MACHADO, o Dicionário da Língua Portuguesa On-line, o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora.

Como contraponto, a palavra hifenizada está praticamente ausente das obras de referência do português do Brasil, não constando, por exemplo, do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras. A locução fim de semana é registada em obras como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa ou o Aulete Digital - Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa.

É interessante, neste aspecto, comparar a edição brasileira (Ed. Objetiva, 2001) e a portuguesa (Círculo de Leitores, 2002) do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa e verificar que apesar de fim de semana estar registado nas duas edições como locução e não como palavra hifenizada, na edição portuguesa foi acrescentada a observação "também se escreve com hífen".

Relativamente ao que está estipulado nos textos legais que regem a ortografia portuguesa, a regulamentação sobre o uso do hífen é tão vaga que permitiria justificar que grande parte das locuções nominais fosse escrita com hífen. Leia-se, por exemplo, parte do texto da base XXVIII, a respeito de palavras/locuções com a mesma estrutura de fim-de-semana: "Emprega-se o hífen nos compostos em que entram [...] dois ou mais substantivos, ligados ou não por preposição ou outro elemento [...] e em que o conjunto dos elementos, mantida a noção da composição, forma um sentido único ou uma aderência de sentidos. Exemplos: água-de-colónia, arco-da-velha, bispo-conde, brincos-de-princesa, cor-de-rosa". Se aplicarmos estas indicações a fim-de-semana, podemos concluir que esta locução pode corresponder a um sentido único, pois corresponde a um intervalo temporal específico que não se limita a ser o fim de uma semana de trabalho, uma vez que pode a semana pode começar ao domingo e este está incluído no fim-de-semana.

A Nova Gramática do Português Contemporâneo de Celso CUNHA e Lindley CINTRA não se encontra desactualizada, nem está incorrecta. O que acontece é que o ponto de partida desta gramática de 1985 foi a Gramática da língua portuguesa, de Celso Cunha (1972). Apesar de a colaboração de Lindley Cintra ter permitido incluir informação adicional sobre o português de Portugal e um contraste entre as duas normas, alguma informação veiculada segue a tradição lexicográfica do português do Brasil, como parece ser o caso com fim de semana. Citando os autores da referida gramática, "reitere-se que o emprego do hífen é uma simples convenção ortográfica" (p. 107) e, atendendo à sua parca regulamentação nos textos legais, baseia-se essencialmente nas tradições lexicográficas portuguesa e brasileira.

Em conclusão, pode dizer-se que não se trata de uma incorrecção escrever de uma ou de outra forma, pois não há determinação ortográfica que impeça nenhuma delas, tratando-se apenas de uma questão de respeito pela tradição lexicográfica das duas normas. Actualmente, será preferível escrever fim-de-semana no português de norma europeia, e fim de semana no português de norma brasileira, mas é de referir ainda que o Acordo Ortográfico assinado em 1990 (que, saliente-se, não está em vigor) preconiza (na alínea a) do art. 6.º da base XV), a forma fim de semana, ignorando o texto do parágrafo anterior que defende excepções "já consagradas pelo uso (como é o caso de água-de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa)".