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curta

A forma curtapode ser [feminino singular de curtocurto], [primeira pessoa singular do presente do conjuntivo de curtircurtir], [terceira pessoa singular do imperativo de curtircurtir], [terceira pessoa singular do presente do conjuntivo de curtircurtir], [nome feminino no português de Portugal / nome masculino no português do Brasil] ou [nome feminino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
curta1curta1
( cur·ta

cur·ta

)


nome feminino no português de Portugal / nome masculino no português do Brasil

Filme curto, cuja duração é geralmente inferior a 30 minutos (ex.: hoje há uma sessão de curtas). = CURTA-METRAGEM

etimologiaOrigem etimológica:redução de curta-metragem.
curta2curta2
( cur·ta

cur·ta

)


nome feminino

1. [Pouco usado] [Pouco usado] Pressa.


à curta

[Informal] [Informal] De forma apressada ou ligeira. = À PRESSA

andar à curta

[Informal] [Informal] Vestir com traje laical, não talar.

etimologiaOrigem etimológica:feminino de curto.
curtircurtir
( cur·tir

cur·tir

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Preparar peles, couros para os tornar imputrescíveis.

2. Remolhar matérias têxteis para as abrandar e lhes poder separar as fibras.

3. Conservar alimentos em líquido adequado. = CURAR

4. Queimar a pele por exposição ao sol ou ao vento.

5. [Figurado] [Figurado] Suportar sofrimento ou situação penosa. = AGUENTAR, PADECER, SOFRER

6. [Figurado] [Figurado] Tornar mais forte, mais resistente. = CALEJAR, ENDURECER

7. [Informal] [Informal] Ressacar.

8. [Informal] [Informal] Sentir prazer ou satisfação por; gostar muito de (ex.: ele curte ouvir música clássica). = APRECIAR, DELEITAR-SE, DESFRUTAR


verbo transitivo e intransitivo

9. [Informal] [Informal] Trocar carícias sexuais.


verbo intransitivo

10. [Informal] [Informal] Estar despreocupado, em ambiente relaxante ou divertido. = DESCONTRAIR, RELAXAR

etimologiaOrigem etimológica:origem controversa.
curtocurto
( cur·to

cur·to

)


adjectivoadjetivo

1. Que tem escasso comprimento (ex.: gosta de ter o cabelo curto; o caminho é curto). = PEQUENO, REDUZIDOCOMPRIDO, EXTENSO, LONGO

2. Que dura pouco (ex.: filme curto). = BREVE, RÁPIDODURADOURO, DURÁVEL, LONGO

3. Em pequeno número ou quantidade insuficiente (ex.: o dinheiro era curto para tudo o que necessitavam). = ESCASSO, INSUFICIENTE, PARCOABUNDANTE, SUFICIENTE

4. Que não chega a encher o recipiente (ex.: pediu um café curto).CHEIO

5. [Figurado] [Figurado] Que demonstra concisão (ex.: o seu estilo de escrita é curto e eficaz). = CONCISO, LACÓNICO, RESUMIDO, SINTÉTICO, SUCINTOEXTENSO, LONGO, PROFUSO, PROLIXO

6. [Figurado] [Figurado] Que se revela insuficiente; que tem características ou capacidades limitadas (ex.: disse que ele tinha inteligência curta; ela é uma pessoa de ideias curtas). = ACANHADO, LIMITADO, REDUZIDOCONSIDERÁVEL, VASTO


nome masculino

7. [Brasil] [Brasil] [Electricidade] [Eletricidade] [Eletricidade] Curto-circuito.

etimologiaOrigem etimológica:latim curtus, -a, -um.
Confrontar: corto.

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber a diferença de sentido das frases: São hipóteses que conduzem à investigação adiante. e São hipóteses que conduzem a investigação adiante.
Na primeira frase apresentada (São hipóteses que conduzem à investigação adiante) há utilização da crase da preposição a (que introduz o complemento indirecto locativo do verbo conduzir) com o artigo definido a, que caracteriza o substantivo investigação como realidade bem determinada. Esta frase pode ser parafraseável por ‘são hipóteses que levam à investigação a seguir explicitada e não a qualquer outra’.

A segunda frase (São hipóteses que conduzem a investigação adiante) apresenta uma ambiguidade estrutural. Se se considerar que há utilização apenas da preposição a (que introduz o complemento indirecto locativo do verbo conduzir) sem o artigo definido, a estrutura é muito semelhante à da primeira frase, sendo que a ausência do artigo definido indetermina o substantivo investigação. Esta interpretação pode ser parafraseável por ‘são hipóteses que levam a uma investigação entre outras possíveis’. Se, por outro lado, se considerar que há utilização apenas do artigo definido a, já não se tratará de um complemento indirecto locativo, mas de um complemento directo do verbo conduzir no sentido de ‘dirigir ou governar’. Esta interpretação pode ser parafraseável por ‘são hipóteses que dirigem a investigação para diante’.

As três estruturas acima explicitadas podem ser mais claramente distinguidas, pela mesma ordem, com frases em que os complementos do verbo conduzir correspondam a um masculino plural, para que não haja ambiguidade em nenhuma frase. Por exemplo, São guias que conduzem aos cumes da montanha pode ser exemplo de utilização da crase da preposição a com o artigo definido os. A frase São guias que conduzem a cumes da montanha pode ser exemplo da utilização apenas da preposição a sem artigo definido. Na frase São guias que conduzem os montanhistas há apenas a utilização do artigo definido os, pois esta acepção do verbo conduzir permite a utilização de um complemento directo, sem qualquer preposição.




Nota-se hoje alguma tendência para se inutilizar as regras do discurso indirecto. Nos textos jornalísticos sobretudo, hoje quase que ninguém mais respeita os comandos gramáticos regedores do discurso indirecto. Muitos inclusive argumentam tratar-se de normas "ultrapassadas". Daí vermos frequentemente frases do tipo O ministro X prometeu que o seu governo vai/irá cumprir os prazos/irá cumprir, ao invés de ia/iria cumprir, como manda a Gramática conhecida até hoje. De que lado estará então a correcção? Ou seja, as normas do discurso indirecto enunciadas nas diferentes gramáticas ainda valem ou deixaram de valer?
As chamadas regras para transformar o discurso directo em discurso indirecto mantêm-se, e têm na Nova Gramática do Português Contemporâneo (14.ª ed., Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, pp. 629-637) uma sistematização bastante completa.
No entanto, o discurso indirecto livre parece estar a ser cada vez mais usado na imprensa, consciente ou inconscientemente.

Esta forma de discurso é muito usada na oralidade e em textos literários que pretendem diminuir a distância entre o narrador e o discurso relatado e tem como característica exactamente a fusão do discurso directo com o discurso indirecto.
Disso é exemplo a frase apontada (O ministro X prometeu que o seu governo vai/irá cumprir os prazos), em que o início tem claramente características de discurso indirecto, como o enunciado na 3.ª pessoa (O ministro X prometeu) ou a oração subordinada integrante dependente de um verbo que indica declaração ou afirmação (prometeu que), e a segunda parte tem claramente características de discurso directo, como o tempo verbal no presente ou no futuro (o seu governo vai/irá cumprir) em vez de no pretérito imperfeito ou no condicional, como seria normal no discurso indirecto (o seu governo ia/iria cumprir).

Para melhor exemplificar a noção de discurso indirecto livre, por contraste com o discurso directo e com o discurso indirecto, colocamos as três frases a seguir.

Discurso directo: O meu governo vai cumprir os prazos.
Discurso indirecto: O ministro X prometeu que o seu governo ia cumprir os prazos.
Discurso indirecto livre: O ministro X prometeu que o seu governo vai cumprir os prazos.