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conta

A forma contapode ser [segunda pessoa singular do imperativo de contarcontar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de contarcontar], [nome feminino plural] ou [nome feminino].

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contaconta
( con·ta

con·ta

)
Imagem

Pequena esfera com um furo por onde pode ser enfiado um fio, geralmente para bordar, fazer colares, rosários, etc.


nome feminino

1. Acto ou efeito de contar (ex.: acho que perdi a conta do tempo). = CONTAGEM

2. Execução e resultado de qualquer operação aritmética (ex.: arredondar a conta; conta de multiplicar, enganou-se na conta). = CÁLCULO

3. Número determinado; soma total.

4. Importância de uma despesa (ex.: a conta é astronómica).

5. Papel em que se escreveu essa importância (ex.: pediu a conta e pagou; já recebemos a conta da água).

6. Enumeração de débitos ou créditos, ou de ambos a par.

7. Quantia que faz o equilíbrio entre receita e despesa. = SALDO

8. Dívida (ex.: pagou todas as contas).

9. Sistema de compra e venda a crédito, pagável a prestações (ex.: tinha conta na mercearia). = CREDIÁRIO

10. Inscrição ou contrato com um banco que permite depósito ou levantamento de dinheiro e outros serviços associados (ex.: conta à ordem; conta a prazo).

11. Acordo em que uma pessoa ou entidade usa serviços ou recursos de determinada empresa ou entidade, geralmente na Internet (ex.: abri mais uma conta de email).

12. Responsabilidade (ex.: isso não é da sua conta; isto fica por minha conta).

13. Cuidado, cautela (ex.: pouca conta tens contigo).

14. Opinião sobre algo ou alguém (ex.: a opinião pública não o tem em muito boa conta; ela é tida em alta conta no meio académico). = CRÉDITO, ESTIMA, ESTIMAÇÃO, REPUTAÇÃO

15. Informação, relação ou narração (ex.: ainda não lhe deu conta da notícia).

16. Pequena esfera com um furo por onde pode ser enfiado um fio, geralmente para bordar, fazer colares, rosários, etc.Imagem = MISSANGA

17. Número de fios que deve ter um tecido.


nome feminino plural

18. Conjunto das quatro operações de aritmtética (ex.: já sei fazer contas).

contas

19. Rosário ou terço.Imagem

20. Negócios mútuos.


à conta de

Por causa de. = POR CONTA DE

A pretexto de. = POR CONTA DE

afinal de contas

Em conclusão, por fim. = AFINAL

contas do Porto

Aquelas em que cada um paga a sua parte da despesa comum.

dar conta do recado

Ser capaz de cumprir uma tarefa.

dar conta

Tomar consciência de algo. = APERCEBER-SE, NOTAR, REPARAR

fazer de conta

Fingir, simular.

fechar contas

Saldar ou pagar as contas.

levar em conta

O mesmo que ter em conta.

por conta

Para diminuir o débito.

por conta de

Por causa de.

Para deduzir a.

A cargo de, às custas de.

Por incumbência de.

por conta própria

De forma independente (ex.: trabalhar por conta própria).

prestar contas

Explicar ou justificar as despesas (ex.: fez as compras, mas depois teve de prestar contas).

Explicar ou justificar acções ou procedimentos (ex.: o primeiro-ministro terá de prestar contas ao parlamento).

ter em conta

Pensar ou examinar com alguma atenção; levar em consideração. = ATENDER, ATENTAR, CONSIDERAR

etimologiaOrigem etimológica:derivação regressiva de contar.
contarcontar
( con·tar

con·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Determinar o número, o valor, a quantidade. = COMPUTAR

2. Calcular.

3. Ter o número de.

4. Levar em conta.

5. Incluir.

6. Ter tenção de.

7. Narrar, referir.


verbo intransitivo

8. Fazer contas.

9. Esperar, ter confiança.


verbo pronominal

10. Entrar em conta; incluir-se; dizer-se.

etimologiaOrigem etimológica:latim computo, -are, calcular.

Auxiliares de tradução

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Qual é o plural de porta-voz?
De acordo com a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra (p. 188), quando uma palavra hifenizada é composta por um verbo e um substantivo, apenas este último adquire a flexão do plural. Assim, o plural de porta-voz é porta-vozes, tal como o plural de guarda-chuva é guarda-chuvas e o de beija-flor é beija-flores.



No vosso conversor para a nova ortografia, e em muitas respostas a dúvidas, utilizam a expressão "português europeu", por oposição a português do Brasil ou português brasileiro. Tenho visto noutros sítios a expressão português luso-africano. Não será mais correcta?
Como qualquer língua viva, o português não é alheio à variação linguística e contém diferentes variantes e variedades, nomeadamente a nível geográfico, social e temporal. O português falado em Portugal continental e nos arquipélagos da Madeira e dos Açores é designado por variedade europeia ou português europeu (ou ainda português de Portugal) e abrange inúmeros dialectos (divididos ou agrupados segundo características comuns). Esta designação de português europeu é frequentemente contraposta à de português do Brasil (ou português brasileiro ou americano), por serem as variedades do português mais estudadas e alvo de descrição linguística. Alguns dialectos do português de Angola e do português de Moçambique dispõem já de descrições e estudos, mas ainda sem muita divulgação fora do âmbito académico.

A designação de português luso-africano é, do ponto de vista linguístico, incorrecta, uma vez que as características do português de Portugal, como sistema linguístico, são diferentes das características do português falado em cada um dos países africanos de língua oficial portuguesa (nomeadamente do português de Angola, do português de Cabo Verde, do português da Guiné-Bissau, do português de Moçambique ou do português de São Tomé e Príncipe) ou de outros países (como Timor-Leste) ou territórios onde se fale o português. O único ponto em que poderá haver uma designação que indique uma aproximação luso-africana é exclusivamente em termos de norma ortográfica. Ainda assim, as práticas ortográficas divergem amiúde, principalmente no uso do apóstrofo em contextos não previstos no texto do Acordo Ortográfico de 1990 e das letras k, w e y em nomes comuns e não exclusivamente em nomes próprios ou derivados de nomes próprios estrangeiros. No que diz respeito ao léxico, à fonética ou à sintaxe, trata-se de variedades e normas com traços característicos que as distinguem.

Como as ferramentas linguísticas da gama FLiP não se limitam ao campo estrito da ortografia, mas ao processamento do português como língua natural, a Priberam não adopta o adjectivo luso-africano para qualificar português, variedade, norma ou palavra afim. Esta foi também, aparentemente, a opção da redacção do Acordo Ortográfico de 1990, onde é usada, na "Nota Explicativa", ponto 5.1, a expressão "português europeu" ("Tendo em conta as diferenças de pronúncia entre o português europeu e o do Brasil, era natural que surgissem divergências de acentuação gráfica entre as duas realizações da língua.").