PT
BR
Pesquisar
Definições



ausente

A forma ausentepode ser [primeira pessoa singular do presente do conjuntivo de ausentarausentar], [terceira pessoa singular do imperativo de ausentarausentar], [terceira pessoa singular do presente do conjuntivo de ausentarausentar], [adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros] ou [nome de dois géneros].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
ausenteausente
( au·sen·te

au·sen·te

)


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

1. Que não está presente.


nome de dois géneros

2. Aquele que deixou o seu domicílio.

etimologiaOrigem etimológica:latim absents, -entis.
ausentarausentar
( au·sen·tar

au·sen·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e pronominal

1. Fazer sair ou sair temporariamente de determinado local; tornar ou tornar-se ausente (ex.: o acidente ausentou-o uns meses do trabalho; tiveram de ausentar-se por uns dias). = AFASTAR, ARREDAR, RETIRAR


verbo pronominal

2. Deixar de se manifestar (ex.: os sintomas de ansiedade ausentaram-se). = APAGAR-SE, DESAPARECER

3. Deixar de fazer parte ou de contribuir para alguma coisa.

4. [Por extensão] [Por extensão] Ficar absorto, desatento, alheado (ex.: tem facilidade em ausentar-se das conversas circundantes). = ALHEAR-SE

etimologiaOrigem etimológica:latim absento, -are, fazer-se ausente, afastar.

Auxiliares de tradução

Traduzir "ausente" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



A palavra pròpriamente continua a ser acentuada com acento grave? E visìvelmente?
Em 1973 foram eliminados da ortografia oficial portuguesa os acentos graves e circunflexos nas palavras derivadas com o sufixo -mente (ex.: praticamente, serodiamente, visivelmente) ou com os sufixos iniciados por z (ex.: pezinho, sozinho). Seguindo a hiperligação para o Acordo Ortográfico em vigor para a língua portuguesa de norma europeia, poderá consultar o Decreto-Lei n.º 32/73 na parte final do documento, após o texto do acordo de 1945.



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.