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visão

entótico | adj.

Diz-se dos fenómenos da visão que se manifestam quando os olhos estão fechados....


paroquial | adj. 2 g.

Que denota uma visão estreita ou pouco sofisticada....


visivo | adj.

Relativo à visão (ex.: comunicação visiva)....


monopso | adj.

Que tem um só olho....


holístico | adj.

Que defende uma visão integral e um entendimento geral dos fenómenos....


oftalmo- | elem. de comp.

Exprime a noção de olho ou visão (ex.: oftalmoplegia)....


-opsia | elem. de comp.

Exprime a noção de vista, visão (ex.: macropsia)....


Relativo a escotopia ou à adaptação da visão à baixa luminosidade (ex.: visão escotópica)....


Relativo a heutagogia (ex.: contexto heutagógico; visão heutagógica)....


sacralizante | adj. 2 g.

Que sacraliza ou torna sagrado (ex.: visão sacralizante)....


liberalizante | adj. 2 g.

Que liberaliza ou torna liberal ou mais liberal (ex.: ideais liberalizantes; visão liberalizante)....


cióptico | adj.

Relativo à visão na sombra ou no escuro....


ablepsia | n. f.

Privação ou perda da visão....


abusão | n. f.

Erro vulgar de percepção....


baranhas | n. f. pl.

Enleios na visão....


compreensor | n. m.

Pessoa que, gozando de visões beatíficas, compreende os mistérios....


dictiopsia | n. f.

Perturbação da visão em que se vê perpassar uma ilusão de redes ou teias de aranha....



Dúvidas linguísticas



A palavra pròpriamente continua a ser acentuada com acento grave? E visìvelmente?
Em 1973 foram eliminados da ortografia oficial portuguesa os acentos graves e circunflexos nas palavras derivadas com o sufixo -mente (ex.: praticamente, serodiamente, visivelmente) ou com os sufixos iniciados por z (ex.: pezinho, sozinho). Seguindo a hiperligação para o Acordo Ortográfico em vigor para a língua portuguesa de norma europeia, poderá consultar o Decreto-Lei n.º 32/73 na parte final do documento, após o texto do acordo de 1945.



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.


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