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tiro

A forma tiropode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de tirartirar], [elemento de composição] ou [nome masculino].

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tiro1tiro1
( ti·ro

ti·ro

)
Imagem

tiro de escanteio

BrasilBrasil

FutebolFutebol 

Reposição em jogo da bola, depois da falta de um jogador que manda a bola para além da linha de fundo do campo da sua equipa. (Equivalente no português de Portugal: pontapé de canto.)


nome masculino

1. Acto ou efeito de atirar.

2. Explosão da carga disparada por arma de fogo.

3. Carga que se dispara de cada vez.

4. Distância a que essa carga chega.

5. Lugar onde se aprende a atirar com armas de fogo; escola de tiro.

6. [Desporto] [Esporte] Pancada ou chuto muito forte dado na bola, em especial na bola de futebol.

7. Acto de puxar carros (ex.: cavalo de tiro).

8. Conjunto de animais que puxa um carro (ex.: tiro de quatro cavalos).

9. Tirante ou corda que serve para atrelar o animal ao carro ou carruagem.

10. Ímpeto.

11. Grande êxito ou coisa sensacional.

12. [Informal] [Informal] Perda de dinheiro.

13. [Informal] [Informal] Pedido de dinheiro.

14. [Informal] [Informal] Dito ou alusão picante. = PIADINHA, REMOQUE


dar o tiro

Morrer.

de tiro

De jacto.

de um tiro

De uma só vez.

é um tiro daqui lá

É muito perto.

fazer tiro

Disparar ou dar tiro.

ser tiro e queda

[Informal] [Informal] Ter boa pontaria.

[Informal] [Informal] Produzir resultado eficaz e imediato.

tiro à meta

[Brasil] [Brasil] [Futebol] [Futebol]  Remate à baliza.

tiro ao alvo

[Desporto] [Esporte]  Modalidade em que se procura acertar num alvo com arco ou com arma de fogo.

tiro de canto

[Brasil] [Brasil] [Futebol] [Futebol]  O mesmo que tiro de escanteio.

tiro de escanteio

[Brasil] [Brasil] [Futebol] [Futebol]  Reposição em jogo da bola, depois da falta de um jogador que manda a bola para além da linha de fundo do campo da sua equipa. (Equivalente no português de Portugal: pontapé de canto.)Imagem = ESCANTEIO

tiro de esquinado

[Brasil] [Brasil] [Futebol] [Futebol]  O mesmo que tiro de escanteio.

tiro de meta

[Brasil] [Brasil] [Futebol] [Futebol]  Pontapé dado pelo guarda-redes de futebol para repor em jogo uma bola que saiu pela linha de fundo. (Equivalente no português de Portugal: pontapé de baliza.)

tiro livre

Punição resultante de uma falta e que consiste na passagem da bola à equipa que sofreu falta, que recoloca a bola em jogo depois de a ter imobilizado (ex.: tiro livre directo; tiro livre indirecto). [Equivalente no português de Portugal: livre.]Imagem

tiro no escuro

Algo cujo resultado se desconhece ou é imprevisível.

tiro rasante

Aquele em que a trajectória do projéctil fica sempre a uma altura inferior à do objectivo.

etimologiaOrigem etimológica:derivação regressiva de tirar.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:rajada, salva, tiroteio, troada.
tiro2tiro2
( ti·ro

ti·ro

)


nome masculino

Aprendiz.

etimologiaOrigem etimológica:latim tiro, -onis, soldado jovem, recruta.
tiro3tiro3
( ti·ro

ti·ro

)


nome masculino

[Linguagem poética] [Linguagem poética] Cor púrpura.

etimologiaOrigem etimológica:latim Tyrus, -i ou Tyros, -i, topónimo [cidade fenícia].
tiro-tiro-


elemento de composição

Exprime a noção de tiróide (ex.: tirotoxicose; tiroxina).

etimologiaOrigem etimológica:grego thureós, -oû, escudo.
tirartirar
( ti·rar

ti·rar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Fazer sair de um ponto ou lugar.

2. Extrair.

3. Puxar.

4. Arrancar, sacar.

5. Soltar.

6. Tomar.

7. Obter.

8. Colher.

9. Exceptuar.

10. Inferir.

11. Liberar, livrar de.

12. Afastar.

13. Desviar.

14. Auferir.

15. Dissuadir.

16. Furtar.

17. Subtrair.

18. Eliminar.

19. Atirar.

20. Arremessar.

21. Fazer perder.

22. Tolher.

23. Extractar.

24. Privar de.

25. Derivar.

26. Despir.

27. Imprimir.

28. Estampar.


verbo intransitivo

29. Puxar.

30. Assemelhar-se (falando de cores).

31. Visar.

32. Dar tiros.


verbo pronominal

33. Sair, libertar-se.


sem tirar nem pôr

Exactamente, tal e qual, sem nenhuma diferença.

Auxiliares de tradução

Traduzir "tiro" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Tenho assistido a várias discussões sobre as palavras escoteiro/escuteiro e sobre escotismo/escutismo e gostaria de uma explicação linguística. São sinónimos ou são coisas diferentes?
Relativamente ao uso geral da língua, as palavras escoteiro/escuteiro e escotismo/escutismo correspondem a dois pares de sinónimos, a que se podem juntar outros pares como escotista/escutista ou escoteirismo/escuteirismo. Qualquer delas está correcta ortograficamente e pode dizer-se que são pares de variantes gráficas homófonas.

A discussão que se gera à volta delas decorre essencialmente do registo lexicográfico destas palavras (ou da ausência dele) ou de visões ligeiramente diferentes do chamado movimento escutista (ou escotista).

Para compreendermos melhor os argumentos utilizados, é necessário fazer alguma pesquisa, não tanto linguística, mas acerca da história do próprio movimento escutista em Portugal, que permita perceber o motivo da existência destas variantes (no Brasil, o problema não se coloca, pois as variantes com -u- são consideradas lusismos). Para isso, é esclarecedora a breve nota a que podemos aceder no sítio da Associação de Escoteiros de Portugal, que nos apresenta brevemente a história do movimento, salientando que esta foi a primeira associação de Portugal que utilizou a palavra escoteiro, já existente na língua e com o significado de "pessoa que viaja sem bagagem", para traduzir o inglês scout. Só mais tarde apareceu o Corpo Nacional de Escutas, movimento católico que assumiu uma dimensão maior e que, para a tradução de scout, utilizou a palavra escuta (de que depois derivaram escuteiro e escutista), já existente na língua como derivado regressivo do verbo escutar.

Sem ter a pretensão de fazer um levantamento exaustivo na lexicografia portuguesa, podemos verificar no Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de José Pedro Machado que a palavra escoteiro está documentada na língua desde o séc. XVI em Lendas da Índia por Gaspar Correia, publicadas pela Ordem da Classe de Ciências Morais, Políticas e Belas Letras da Academia Real das Ciências de Lisboa, sob a direcção de Rodrigo José de Lima Felner, 1858: "…tudo puderam bem carregar, ficando os homens escoteiros e despejados para andar o caminho". O registo da acepção que diz respeito aos membros de movimentos semelhantes àquele que foi criado por Baden-Powell é bem mais recente.

Rebelo Gonçalves, no seu Vocabulário da Língua Portuguesa (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), referência importante para a lexicografia portuguesa, considera escoteiro, escotismo e escotista como variantes brasileiras de escuteiro, escutismo e escutista, respectivamente. Nesta opção, segue o que está no Vocabulário Ortográfico Resumido da Língua Portuguesa, da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Imprensa Nacional de Lisboa, 1947).

Também o dicionário de Cândido de Figueiredo regista escoteiro como brasileirismo, na acepção que aqui nos interessa e as formas escuta e escuteiro como as preferenciais em Portugal. De notar que estamos a falar da edição coordenada por Rui Guedes (25.ª ed., 1996), pois em edições antigas, nomeadamente na edição de 1913, por exemplo, apenas consta a entrada escoteiro, com a acepção "aquele que viaja sem bagagem".

José Pedro Machado, nas várias edições do Grande Dicionário da Língua Portuguesa (por exemplo, Lisboa: Amigos do Livro, 1981 e Lisboa: Círculo de Leitores, 1991), outra grande referência na lexicografia portuguesa, regista também escuteiro (assinalando neste verbete, que "No Brasil, usa-se a forma escoteiro"), escutismo e escutista (nestes dois últimos verbetes, confrontando com as formas em -o- para avisar o consulente de que se trata de verbetes diferentes, não sinónimos). Curiosamente, não regista escuteirismo, mas sim escoteirismo, definindo-o de maneira bastante abrangente, de modo a incluir o movimento idealizado por Baden-Powell e qualquer movimento organizado em moldes semelhantes. Por outro lado, se no verbete escuteiro este dicionário assinala a forma escoteiro como brasileira, no verbete escoteiro, com o sentido sobre os qual nos debruçamos, não tem qualquer indicação de que se trata de brasileirismo, estando o verbete escoteiro definido, com etimologia e sem qualquer registo geográfico (o mesmo acontece com escotismo, que remete para escoteirismo).

O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Verbo, 2001), por sua vez, parece ser o primeiro a registar os vários pares de variantes gráficas, sem distinguir registos de língua pertinentes. Neste sentido apresenta a definição nas formas com -u-, por serem mais usuais, e uma remissão nas formas com -o-.

Por motivos diversos, quer etimológicos, quer históricos, estes pares de palavras surgiram na língua, à semelhança de muitos outros casos de variação, e podem ser considerados sinónimos, sem que haja motivo para considerar uma ou outra forma mais correcta do que outra. Adicionalmente, e sobretudo entre os membros ou simpatizantes do movimento escotista/escutista em Portugal, a distinção escoteiro ou escuteiro permite também distinguir, respectivamente, entre os membros da Associação de Escoteiros de Portugal (de cariz interconfessional) e os membros, bem mais numerosos, do Corpo Nacional de Escutas (de cariz católico e estruturado numa relação directa com as dioceses).





Tenho visto e utilizado com frequência a palavra contratualização; no entanto, não sei se a mesma realmente existe em português ou se provém de outra língua qualquer.
O substantivo contratualização é uma derivação do verbo contratualizar. Estas duas palavras seguem as regras de boa formação na língua portuguesa, pois a palavra contratualizar é formada com adjunção do sufixo -izar ao adjectivo contratual, formando um verbo com o significado aproximado de “dar carácter contratual” ou “estabelecer de forma contratual”. A palavra contratualização corresponde, por sua vez, à adjunção do sufixo -ção ao verbo, designando o “acto ou efeito de contratualizar”. Ambas as palavras usam dois sufixos (-izar e -ção) de alta produtividade em português na formação de neologismos (seguem o mesmo paradigma, por exemplo, dos pares actualizar/actualização, conceptualizar/conceptualização, visualizar/visualização) e uma pesquisa em corpora e motores de busca na internet evidencia o seu uso muito divulgado.